Abel Ferreira saiu satisfeito do clássico que o Palmeiras venceu no Morumbi (Foto: Icon Sport)


 
 
Palmeiras precisou se defender com unhas e dentes para sair do Morumbi com a vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, na tarde deste domingo (11), em clássico do Brasileirão. Perguntado se o time apelou à retranca, Abel Ferreira falou até do Manchester City.




– Foi uma vitória inteligente de uma equipe que hoje foi melhor – começou Abel Ferreira, entre elogios ao São Paulo e lembrança à final da Liga dos Campeões.

– Não jogamos contra um adversário qualquer. O adversário nos empurrou para trás. Não fomos nós que quisemos nos defender, foi o adversário. Porque têm bons jogadores. É isso. Muitas vezes estamos sempre à procura de feitos da nossa equipe, mas também tem méritos do adversário – resumiu o treinador.
 
O Palmeiras saiu na frente logo no começo, com um chute bonito de Gabriel Menino. Daí em diante deixou a bola com o São Paulo, jogou no contra-ataque e conseguiu fazer o segundo com Endrick justamente quando a pressão do rival aumentava, no segundo tempo (veja os lances mais abaixo).



 
  

Abel admite que São Paulo tomou conta do jogo


A pressão do São Paulo foi maior especificamente no segundo tempo, entre o intervalo e o gol de Endrick que decidiu o clássico. Neste período, Abel Ferreira reconhece que o Palmeiras esteve em situação delicada.

– Eles estavam atrás no resultado, expuseram seus jogadores para o ataque, tomaram conta do jogo. Para eu falar bem do adversário, não preciso dizer o que está mal na minha equipe. É parabenizar o adversário porque também tem bons jogadores, bom treinador e as mesmas intenções que nós. O que tivemos que fazer foi, com a bola, ter a valentia de atacar, e sem ela nos defender – disse o técnico.
 
Dugout
 

E o que o City tem a ver com a história?


No meio da explicação, Abel Ferreira comparou o Palmeiras ao Manchester City de Guardiola. Não pela qualidade ou modelo de jogo, mas por um ângulo específico: o adversário também joga, e a atuação de qualquer time leva isso em consideração.




– Nós esperávamos que o City massacrasse a Inter e vimos como foi, um jogo decidido por detalhes. O futebol tem dessas coisas: um cabeceio, bate no goleiro, é gol ou não é, um título. É assim que o futebol funciona – argumentou Abel, satisfeito.

– Cada jogo é um jogo, cada um tem uma história. O que o São Paulo fazia quando tínhamos a bola? Exatamente igual ao Palmeiras, são comportamentos. No último jogo em casa cometemos dois erros e tivemos que correr atrás [contra o Barcelona, do Equador], então como dizem que só joga no erro do adversário? Se eu tivesse que definir em uma palavra, diria que nossa equipe é equilibrada, porque sabe fazer tudo – completou.