Sha'Carri Richardson, velocista americana e candidata a medalha em Tóquio, foi suspensa após testar positivo (Foto: Johnatan Ferrey/AFP)


A Agência Mundial Antidoping (Wada) informou nesta terça-feira que revisará o status da cannabis em sua lista de substâncias proibidas como resultado do teste positivo dado pela velocista americana Sha'Carri Richardson, suspensa dos últimos Jogos Olímpicos de Tóquio.




Após uma reunião do comitê executivo da Wada em Istambul, o órgão antidoping mundial observou que uma revisão científica da cannabis ocorrerá no próximo ano, embora a droga continue proibida em 2022.

"Depois de receber solicitações de várias partes interessadas, o comitê executivo endossou a decisão do Grupo Consultivo de Especialistas de iniciar uma revisão científica do status da cannabis em 2022", disse a Wada em um comunicado. "A cannabis está atualmente proibida na competição e continuará sendo em 2022", acrescentou a entidade.

Esperava-se que Richardson, estrela americana das provas de velocidade, fosse um dos principais destaques dos Jogos de Tóquio-2020, após uma série de desempenhos marcantes nos 100 metros rasos no início da temporada.




No entanto, a jovem de 21 anos foi excluída dos Jogos depois de receber uma suspensão de 30 dias depois de um teste positivo para maconha após sua vitória nos 100 metros nas seletivas olímpicas dos Estados Unidos em Eugene em junho passado.

O caso gerou um debate sobre a continuação da inclusão da maconha na lista de substâncias proibidas da Wada, com celebridades e atletas criticando a regra como desatualizada e desnecessária.

O presidente da Federação Mundial de Atletismo, Sebastian Coe, está entre os que apoiaram os apelos para uma revisão da cannabis.

"Este não é um momento irracional para fazer uma revisão", disse Coe durante a Olimpíada. "É sensato, nada está escrito sobre pedra. Você se ajusta e ocasionalmente reavalia."