Jogadores se manifestaram em nota após a vitória sobre o Paraguai (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Após a vitória sobre o Paraguai, por 2 a 0, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, os jogadores da Seleção Brasileira finalmente quebraram o silêncio sobre a realização da Copa América. Em carta divulgada simultaneamente nas redes sociais dos jogadores, o grupo criticou a Conmebol pela realização do torneio, seja no Brasil ou em outro país, mas disse que estará na disputa.




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A estreia do Brasil será já no domingo, dia 13, contra a Venezuela, em Brasília. A partida terá transmissão exclusiva na TV aberta pelo SBT/Alterosa.

“Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil (...) Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira”, diz a nota.

Em outro ponto, os jogadores lamentaram o uso político da realização do torneio. "É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia, estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros”.

A realização da Copa América no Brasil foi decidida em consenso entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo - posteriormente afastado do cargo por denúncia de assédio sexual -, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.



No manifesto, os jogadores não fizeram nenhuma menção a eventuais divergências com o presidente da CBF, nem tampouco ao escândalo de assédio sexual envolvendo Caboclo.

Confira o texto publicado pelos jogadores da Seleção na íntegra:
"Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América.

Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil.

Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização.

É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia mídia, estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.



Por fim, lembramos que somos trabalhadores, profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira."

Copa América


A competição sul-americana será iniciada no domingo, às 18h, com a partida entre Brasil e Venezuela, no Mané Garrincha, em Brasília. A grande final será em 10 de julho, no Maracanã, no Rio.
 
As outras sedes da Copa América serão Cuiabá, com jogos na Arena Pantanal, e Goiânia, com partidas previstas para o Estádio Olímpico. 
 
Em relação aos jogos do Rio de Janeiro, apenas a finalíssima será no Maracanã. As demais partidas serão realizadas no Nilton Santos, estádio do Botafogo.



 
O Rio e a capital federal Brasília receberão oito jogos da Copa América. Goiânia será a sede de sete partidas. A Arena Pantanal, em Cuiabá, será palco de cinco duelos, todos da primeira fase.

Seleção Brasileira

 
Depois da estreia contra a Venezuela, no dia 13, os comandados de Tite ainda atuarão contra o Peru, dia 17 de junho, às 21h, no Engenhão. No mesmo palco e horário, enfrentará a Colômbia, dia 23. E, por fim, dia 27, jogará com o Equador, às 18h, no estádio Olímpico de Goiânia, encerrando a primeira fase.

(Foto: Reprodução)