O Cruzeiro definiu a primeira mudança na estrutura administrativa de suas categorias de base depois da ‘posse’ de Zezé Perrella como novo gestor de futebol. Nome mais importante do organograma na Toca da Raposa I desde o início da administração de Wagner Pires de Sá, Guilherme Cruz deixou o cargo de superintendente e assumiu o posto de secretário-geral do clube.
Ao Superesportes, ele explicou que deixou a gestão da base para que Perrella, novo responsável pelo futebol, tenha tranquilidade para indicar alguém de sua confiança. “Fui convidado pelo presidente Wagner, com anuência do Perrella, para assumir a função de secretário-geral do Cruzeiro. Assim, ele (Zezé) poderá fazer a transferência da gestão da base da forma que achar melhor”, disse.
Questionado, Guilherme Cruz garantiu que seu novo cargo não será remunerado. O dirigente garantiu ainda que não recebeu qualquer remuneração no período em que foi o principal responsável pela Toca I. “Na época da turbulência, surgiram boatos de que recebia R$ 60 mil por mês. Uma lista circulou. Eu nunca recebi nada”, garantiu.
A reportagem também perguntou ao novo secretário qual será exatamente sua função sob coordenação de Wagner Pires de Sá. “Fico responsável por cuidar de ofícios administrativos, lacunas nas funções estatutárias, eventualmente, caso seja de interesse do Perrella, ficou também à disposição do departamento de futebol”, explicou.
Segundo Guilherme, não há nenhuma mudança definida nos outros cargos diretivos na base. Apesar disso, elas não estão descartadas, conforme apurou a reportagem. Perrella dedica todo foco na equipe profissional, que segue lutando para deixar a zona incômoda do Campeonato Brasileiro, mesmo após as vitórias sobre São Paulo e Corinthians.
Ainda fazem parte do organograma da base o diretor de futebol, Amarildo Ribeiro - homem de confiança do ex-vice de futebol, Itair Machado -, o gerente, Wilmer Mendes, e o diretor administrativo, Quintiliano Lemos.
Durante sua coletiva de apresentação, em 11 de outubro, Perrella revelou sua ideia para as categorias de base e projetou terceirização de algumas equipes inferiores. “Estou sugerindo para o ano que vem, para quem ficar no meu lugar, que trabalhemos com três categorias só. Podemos terceirizar as categorias menores”, afirmou, na oportunidade.