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Cruzeiro já vivenciou outras lutas contra a queda no Brasileiro: relembre episódios

Raposa esteve perto do rebaixamento em 1982, 1994, 1997, 2001 e 2011

postado em 05/12/2019 08:00 / atualizado em 05/12/2019 17:44

(Foto: Marcos Michelin/EM D.A Press)
O fato de o Cruzeiro jamais ter sido rebaixado no Campeonato Brasileiro é motivo de orgulho para seus torcedores, que há muito tempo usam o argumento para provocar atleticanos em função da queda à Série B, em 2005. Entretanto, tal condição ficou ameaçada por causa da má campanha em 2019 - 17º lugar, com 36 pontos em 36 jogos (sete vitórias, 15 empates e 14 derrotas). Ainda assim, o time celeste voltou a depender somente de si para permanecer na elite, graças ao revés do Ceará (16º, com 38) para o Corinthians, por 1 a 0, em Fortaleza. Se vencer o Grêmio nesta quinta-feira, às 19h15, em Porto Alegre, chegará a 39 pontos e terminará a 37ª rodada fora da degola. A missão é complicada, uma vez que o adversário é quinto colocado, com 62 pontos, e tem 66,67% de aproveitamento em casa (11 vitórias, três empates e quatro derrotas).

De 1971 para cá, o Cruzeiro participou de todas as edições do Campeonato Brasileiro. Entre 1959 e 1970, disputou a Taça Brasil e da Taça de Prata, que, em 2010, foram unificadas à primeira divisão nacional. O clube se sagrou campeão em 1966, 2003, 2013 e 2014. Em 1974, 1975, 1998 e 2010 terminou como vice. Na contramão de boas campanhas, brigou contra o rebaixamento em 1982, 1994, 1997, 2001 e 2011. E conseguiu escapar em todos esses anos.

1982


O Campeonato Brasileiro de 1982 tinha regulamento complicado. Inicialmente, 40 clubes foram divididos em oito chaves de cinco. Os três primeiros avançaram à segunda fase. Os quarto colocados participavam de repescagem, enquanto o lanterna iria para a Taça de Prata, equivalente à segunda divisão.

Com três vitórias e cinco derrotas, o Cruzeiro terminou o Grupo E justamente na quarta posição, abaixo de Bangu, Operário-MS e Bahia, e acima do Mixto-MT. Logo, teve de enfrentar a Desportiva-ES, quarta do Grupo F, na repescagem.

Em duelo único no Mineirão, no dia 24 de fevereiro, Jésum fez jogada pelo lado esquerdo e cruzou na cabeça de Abel Braga, que garantiu a vitória celeste aos 11 minutos do primeiro tempo. O gol do zagueiro deu mais tranquilidade ao time, que, na prática, jogava por um empate por ter feito melhor campanha na fase inicial.

Posteriormente, o Cruzeiro foi eliminado ao ficar em terceiro lugar do Grupo P, com duas vitórias, um empate e três derrotas. Classificaram-se ao mata-mata Fluminense e Anapolina. O Moto Clube, do Maranhão, terminou em último na chave. No fim, o Flamengo se sagrou campeão nacional de 1982.


1994


No Brasileiro de 1994, 24 clubes foram distribuídos em seis chaves. Os quatro primeiros se classificavam à segunda fase, e os dois últimos iriam para a repescagem. No Grupo C, o Cruzeiro disputou dez jogos, com uma vitória, dois empates e sete derrotas, e ficou na lanterna.

Na repescagem, oito clubes se enfrentavam em turno e returno. Os dois melhores iriam para a terceira fase, enquanto os dois últimos cairiam para a segunda divisão.

No dia 20 de novembro, o Cruzeiro começou perdendo por 2 a 0 para o União São João, fora de casa. O gol de pênalti de Rogério diminuiu a desvantagem. Em seguida, Cleison conseguiu o empate. A vitória de virada por 3 a 2 veio em finalização de peixinho do já veterano Toninho Cerezo, de 39 anos.

No fim das contas, a Raposa ficou na sexta posição da repescagem, com 12 pontos, em vantagem sobre o Remo no número de vitórias: 5 a 4. O clube paraense e o Náutico - lanterna, com nove pontos - caíram para a Série B.

(Foto: Arquivo EM/D.A. Press)

1997


Talvez pela ‘ressaca’ do título da Copa Libertadores, o Cruzeiro foi mal no Campeonato Brasileiro, cuja primeira fase teve 26 clubes se enfrentando em turno único, com os oito mais bem colocados passando para as quartas de final. Foram apenas seis vitórias em 25 rodadas, além de dez empates e nove derrotas. O time celeste marcou 30 gols e sofreu 35.

Na classificação final, o Cruzeiro contabilizou 28 pontos e alcançou o 20º lugar. O Bahia, com 26, foi o primeiro entre os rebaixados à segunda divisão. Cricíuma, 25, Fluminense, 22, e União São João, 15, também caíram.

Vale ressaltar que o Cruzeiro havia se afastado da degola antes da última rodada, dando-se o ‘luxo’ de ficar sem ganhar as quatro partidas finais: derrotas para Portuguesa (3 a 2) e Botafogo (3 a 2), e empates com Vitória (1 a 1) e Santos (2 a 2).

(Foto: Arquivo EM/D.A Press)

2001


No Brasileiro de 2001, 28 clubes jogavam em turno único entre si. Os oito melhores passariam para as quartas de final. Já os quatro últimos seriam rebaixados.

Com elenco recheado de estrelas - Edmundo, Rincón, Alex e Sorín -, o Cruzeiro começou mal a competição, com uma vitória, um empate e quatro derrotas nas seis primeiras rodadas. Depois, alternou bons e maus resultados, conseguindo pontuação suficiente para ficar fora do Z4 e cravar a continuidade na primeira divisão.

A Raposa se despediu do Brasileirão vencendo o Internacional por 4 a 2, no Mineirão, em 2 de dezembro. O time ficou em 21º lugar, com 32 pontos - nove vitórias, cinco empates e 13 derrotas. O Santa Cruz, 25º, contabilizou 27 e caiu para a Série B juntamente com América (25), Botafogo-SP (25) e Sport (19).

(Foto: Marcos Michelin/Estado de Minas)

2011


Em razão do mau aproveitamento no returno (24%), o Cruzeiro chegou à última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011 na briga para não cair. Antes de enfrentar o Atlético, o time havia vencido dois jogos (3 a 2 no Atlético-GO e 1 a 0 no Internacional), empatado sete e perdido nove na segunda metade da competição. No turno, contabilizou oito triunfos, três empates e oito derrotas (7º lugar, com 27 pontos).

A Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, foi palco da histórica goleada por 6 a 1, no dia 4 de dezembro. Roger, Leandro Guerreiro, Anselmo Ramon, Fabrício, Wellington Paulista e Everton fizeram os gols que garantiram à Raposa o 16º lugar, com 43 pontos (11 vitórias, 10 empates e 17 derrotas). Os rebaixados na ocasião foram Athletico-PR, 41; Ceará, 39; América, 37, e Avaí, 31.

(Foto: Marcos Michelin/EM D.A Press)

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