A tendência é que o presidente interino do Conselho Deliberativo, José Dalai Rocha, convoque uma Reunião Extraordinária para votar se Wagner deverá deixar o cargo provisoriamente ao lado de seus vices, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata. Para o afastamento ser confirmado, a oposição precisa de metade mais um dos votos dos presentes no encontro.
“Requentada (a solicitação de reunião para votar o afastamento). Já tentaram ela várias vezes e vão tentar fazer ela de novo”, disse. “Eles (oposição) têm 10 ou 15 votos. Arrumaram umas assinaturas que nem sócios são do Cruzeiro. Isso para mim não me preocupa”, garantiu Wagner Pires de Sá.
Na verdade, o documento protocolado por membros da oposição na última terça-feira conta com 161 assinaturas - ainda que, para convocação de Reunião Extraordinária, seja necessária a assinatura de apenas um conselheiro. Dos signatários, 72 são conselheiros com direito a voto e os demais são associados ao clube.
“A oposição é pequena dentro do Cruzeiro, ela é atuante. Eu diria que cinco ou seis, são eles que fazem todo esse estardalhaço, criam mecanismos, soltam nas mídias, criam robôs. Conseguiram derrubar o Cruzeiro para a segunda divisão”, analisou o presidente.
Apesar da declaração de Wagner, o documento teve adesão, por exemplo, do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares, do ex-diretor de futebol da gestão Perrella, Dimas Fonseca; do ex-presidente do Conselho, João Carlos Amorim; do ex-membro do Conselho Fiscal, Celso Chimbida; e de um dos principais líderes da oposição, Gustavo Gatti.
À reportagem, nessa quarta-feira, Dalai Rocha pediu um prazo para decidir sobre a convocação e defendeu diálogo entre as alas da política do Cruzeiro. “Posso até convocar, mas vou conversar com eles. Não estou decidindo não convocar, estou decidindo conversar com eles. É o (Gustavo) Gatti, o Emilio Brandi... Não chamei ainda. Nós estamos na missa de sétimo dia (do rebaixamento)”, disse.