Tréllez, Everton Felipe, Dedé, Fred e Cabral: diretor do Cruzeiro explica conversas com jogadores

O diretor de futebol do Cruzeiro, Ocimar Bolicenho, comentou as movimentações do clube no mercado. Ele explicou as conversas com o São Paulo pelo atacante Santiago Tréllez e pelo meia Everton Felipe.

 

Na última semana, o Cruzeiro havia chegado a um acordo com o Tricolor paulista para contratar os dois jogadores por empréstimo em negociações 'casadas'. Entretanto, a recusa inicial de Tréllez emperrou as tratativas por Everton Felipe, uma vez que a Raposa teria combinado com o Tricolor o pagamento de uma cota única de salários pela dupla.

"Estamos diariamente falando com o São Paulo, queremos que venha, o jogador (Everton Felipe) também já demonstrou muita vontade de vir e assim, faltam poucos detalhes. As tratativas com o São Paulo ainda não se ajustaram, mas elas estão muito próximas de acontecer. Eu ainda acredito que haja condição de trazê-lo (Everton Felipe)", disse Bolicenho, em entrevista à TV Horizonte.

"O São Paulo nos colocou à disposição quatro nomes. Desses quatro nomes, nós, em conjunto com a comissão, escolher o Everton e o Tréllez. A negociação, somando o salário do Tréllez e o salário do Everton, e a nossa participação, era uma coisa bacana de se fazer. Como o salário do Tréllez é o maior dessa relação, e ele saiu, foi isso que complicou a transação. Aí não consegui chegar no São Paulo porque o São Paulo queria manter aquela participação do Cruzeiro, enquanto 3. E aquela participação do Cruzeiro enquanto 1 é muito cara. Então é nisso que a tratativa emperrou".

"Agora, o Tréllez, desde o começo não se mostrou com vontade de vir ao Cruzeiro. Ele disse que gostaria primeiro de tentar mostrar ao São Paulo que ele iria ficar, muito embora o São Paulo já o estivesse disponibilizando, e daí começou a aparecer o nome do outro rapaz que coincidentemente é do mesmo procurador do Tréllez. Do Jonatan não teve nenhum pedido nosso. Foi uma coisa que veio de fora para dentro", acrescentou o dirigente do Cruzeiro.

Dedé e Cabral

Segundo Bolicenho, o zagueiro Dedé não aceitou as condições para permanecer no Cruzeiro. Ele procura um novo clube para tentar uma composição com a Raposa.

“A situação dele foi a primeira que se definiu. Desde o início, ele (Dedé) disse que as condições que o Cruzeiro ofereceu não interessavam. Ele está procurando outro lugar para jogar”, frisou.

O diretor ainda revelou que Cabral solicitou ao Cruzeiro renovação contratual por mais um ano para aceitar as condições e permanecer no clube. A diretoria, contudo, preferiu não fazer esse acordo. O jogador está na Argentina tentando resolver seu futuro.

“Com referência ao Ariel, colocamos as mesmas condições que dos outros jogadores, e ele nos fez uma solicitação de prorrogar o contrato por um ano a mais, para 2021. Nós achamos que, com os valores atuais, não podemos comprometer 2021. Primeiramente, precisamos recuperar 2020, buscar o acesso à Série A e daí conversar sobre esse assunto. Não seremos irresponsáveis de fazer uma coisa que talvez em 2021 não possamos cumprir. Isso deixou ele um pouco entristecido. Acho que ele foi à Argentina tentar uma solução melhor. Ontem (domingo), às 23h59, ele me passou uma mensagem dizendo que precisaria de mais uma semana para resolver assuntos particulares. Estamos trabalhando sem contar com ele, porque pode ser que de lá venha alguma resposta de alguma negociação que lhe seja mais útil”.

Fred

Outro que não vai ficar no Cruzeiro é o atacante Fred. Ele não aceitou os termos propostos pelo clube e negocia sua saída. A Raposa se reuniu com o estafe do jogador nessa segunda-feira, mas não houve acordo.

“É importante ressaltar que foi uma reunião de muito bom nível. Mas é muito difícil o Cruzeiro atender o nível salarial que o Fred atingiu. O Fred tem uma consciência tranquila quanto a isso. Hoje acertamos duas alternativas para ver qual o conselho gestor acha que se encaixa melhor, sempre em um alto nível e com o Fred preocupado em sair pela porta da frente. A situação será tratada de maneira elegante, entrando e saindo pela porta da frente”, disse Bolicenho.