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Montillo critica ex-presidente e espera insucesso de Sampaoli no Atlético: 'Eu sou muito Cruzeiro'

Armador deve encerrar a carreira no fim desta temporada

postado em 07/04/2020 11:27 / atualizado em 07/04/2020 12:06

(Foto: Jorge Gontijo / EM DA PRESS)

Hoje na Universidad de Chile, o meia Walter Montillo jogou no Cruzeiro entre 2010 e 2012. Apesar de não ter conquistado nenhum título de expressão - venceu apenas o Campeonato Mineiro de 2011 -, ele tem uma ligação forte com a torcida celeste. Tão forte que o jogador torce para o insucesso de outro ídolo da La U no futebol mineiro: o técnico do Atlético, Jorge Sampaoli.

"Eu sou muito Cruzeiro. Falar do Atlético... Se eu falo 'tomara que dê certo', eu estou mentindo. Como cruzeirense, tomara que não dê certo", disse Montillo, em entrevista ao Bolívia Talk Show.

Já em fim de carreira, o armador, de 35 anos, descarta voltar ao futebol brasileiro.
 
"É difícil. Quando saí do Botafogo, já tinha falado que para voltar para o Brasil era difícil. Meu filho não fala português e fica complicado ir para a escola. Eu agradeceria muito (se viesse um convite do Cruzeiro), é um time que gosto muito, fiquei triste quando caiu, tenho muitos amigos, mas a gente tem que escolher pela família e é minha situação agora", destacou.

"Tenho contrato até o fim do ano. Deve ser meu último ano no futebol", acrescentou.

Montillo elegeu La U e Cruzeiro como os principais clubes da carreira: "Universidad de Chile e Cruzeiro foram os dois times que mais me marcaram".

Montillo defendeu a camisa do Cruzeiro entre 2010 e 2012. Foram 144 jogos, com 36 gols e 36 assistências. O argentino chamou a atenção pela facilidade de adaptação ao futebol brasileiro. No clube celeste, ele ganhou várias premiações, nacionais e internacionais, além de ter sido convocado para a Seleção Argentina em 2011.

Críticas a Gilvan de Pinho Tavares


Montillo ainda criticou o ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares por, segundo versão do armador, tumultuar a sua saída para o Santos.  

Em janeiro de 2013, o meia foi negociado ao Santos por 10 milhões de euros, dos quais o time mineiro ficou com 6 milhões, relativos aos 60% sobre os quais tinha direito.

"Gilvan tentou jogar a torcida contra mim, e foi o que aconteceu. Ele não falou a verdade para o torcedor. Quando saí, o Cruzeiro estava devendo salários para os jogadores. Estava com três meses de salários atrasados. E o time precisava de dinheiro. Então, veio a compra do Santos, eu queria jogar lá, queria jogar com o Neymar. E o dinheiro para o Cruzeiro era importante. Todo mundo queria que eu saísse. Só o presidente começou a falar que o único que queria sair era eu. Então, a torcida comprou. Eu fui jogar lá, eles (torcedores do Cruzeiro) me vaiaram, mas faz parte do futebol. É uma torcida que eu gosto muito".

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