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Cruzeiro arrecada quase R$ 400 mil com doações de torcedores para pagar dívidas de contratações

Raposa busca solucionar débitos com clubes que recorreram à Fifa

postado em 07/07/2020 10:03 / atualizado em 07/07/2020 10:20

Cruzeiro se aproxima dos R$ 400 mil em doações de torcedores que querem ajudar o clube a pagar as dívidas na Fifa.

Por volta das 10h desta terça-feira, a campanha já tinha arrecadado R$ 398.263,40. Ao todo, já são 11.528 doações.

O perfil do clube no Twitter agradeceu: "Bom dia, Nação Azul! Começamos o dia agradecendo a todos vocês por contribuírem para "Operação FIFA".




Para doar, o torcedor deve fazer a operação neste link: https://www.meepdonate.com/live/operacaofifa.

A “Operação Fifa” conta com o apoio da Meep Donate, plataforma de pagamento digital. A empresa oferece a logística de operação ao Cruzeiro de forma gratuita, garantindo que 100% dos recursos doados pelos torcedores - tirando taxas e impostos - sejam destinados ao abatimento dos processos. Os cruzeirenses podem doar qualquer valor a partir de R$ 1. 

Dívidas


Uma dívida de 850 mil euros (R$ 5 milhões) com o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, gerou prejuízo irreparável para o Cruzeiro no âmbito esportivo. A Fifa determinou que o clube começasse a Série B com seis pontos negativos em razão do não pagamento da contratação por empréstimo do volante Denílson, em julho de 2016.

No dia 23 de junho, o Cruzeiro informou ter recebido mais duas ordens de quitação: uma de US$ 2.286.840,00, pela compra de Rafael Sobis ao Tigres do México, e outra de 395.619 euros, no empréstimo de Pedro Rocha junto ao Spartak Moscou, da Rússia. Somados em moeda nacional, os valores correspondem a R$ 14,6 milhões.

O Cruzeiro tem até 15 de julho para saldar a dívida por Sobis. O prazo da pendência por Pedro Rocha é 6 de agosto. Diferentemente do “caso Denilson”, segundo o clube, as penalidades são o impedimento de registro de atletas, até que as situações sejam resolvidas. Não há, portanto, risco de nova perda de pontos, nem rebaixamento de divisão. Enquanto isso, a diretoria tenta negociar diretamente com os credores.

“Há clubes cuja dívida não está vencida, e a Fifa tem o procedimento de intimar a pagar num prazo entre 30 e 90 dias. Há clubes que essa dívida não venceu que negociamos direitos de atletas. Outros estão aceitando parcelamento. A de curto prazo, necessária para se pagar para evitar punição esportiva, é a Fifa. Tirou-se a Fifa, todas as outras dívidas são negociáveis, dentro do sistema jurídico brasileiro”, frisou Sérgio Rodrigues ao Superesportes/Estado de Minas.

Em 28 de maio, a Raposa se livrou de nova perda de pontos ao pagar 600 mil euros (R$ 3,5 milhões) ao Zorya, da Ucrânia, pela aquisição dos direitos econômicos do atacante Willian, em julho de 2014. Ainda há 1 milhão de euros (R$ 5,96 milhões) que serão discutidos pelo Tribunal Arbitral do Esporte no segundo semestre de 2020.

No dia 14 de abril, o núcleo de gestores que administrou o Cruzeiro no primeiro semestre calculou as dívidas na Fifa em R$ 81,4 milhões. Os valores inflacionaram devido à desvalorização do real frente ao dólar e ao euro. Como comparação, em 31 de janeiro o passivo era de R$ 53 milhões.

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