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Entre o investimento e o mistério

postado em 03/08/2014 09:04

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Paulo Galvão
Enviado especial

O Campo Bahia, QG da Alemanha na Copa, carrega uma aura de mistério desde que foi construído. Iniciativa de um grupo de empresários, entre os quais um alemão, o local, alugado pela Federação de Futebol do país, encantou a todos que lá estiveram, pelo conforto e tranquilidade. Mas agora tem futuro incerto.

São 14 chalés e área de convivência com piscina. A localização é de frente para a praia, bonita e normalmente sossegada. Nada disso, porém, é suficiente para definir se as instalações irão virar hotel ou se serão vendidas ou alugadas, como um condomínio fechado.

No momento, os donos parecem não querer publicidade, apesar de na semana passada terem aberto um restaurante de alto nível, com acesso só liberado mediante reserva e consumo mínimo de R$ 150 por pessoa. Os portões passam a maior parte do tempo fechados. Sem o grande aparato de policiais da época do Mundial, os passantes só desconfiam de que ali ficou a Seleção campeã do mundo por causa das faixas amarela, preta e vermelha que ornamentam um dos portões. Os responsáveis pelos cuidados da área se mostram arredios. Os demais funcionários evitam se alongar nas conversas.

Enquanto isso, empreendimentos vizinhos tentam capitalizar com a súbita fama de Santo André. No Costa Brasilis Resort, o gerente Mário Mattos prevê maior movimento. Seu hotel, por sinal, já lucrou com a passagem dos campeões: abrigou o Centro de Imprensa da Federação Alemã, para 250 profissionais, e hospedou jornalistas e equipes técnicas europeus. “Só temos a comemorar.”

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