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Ensinando o hino do 'Baêa!'

postado em 03/08/2014 09:12

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Paulo Galvão
Enviado especial

Henrique Ramos dos Santos, de 21 anos, não conseguiu ser goleiro profissional, como sonhava. Mas conseguiu seu momento de fama ao ter a chance de ficar perto de uma referência da posição: o alemão Manuel Neuer. Motorista no Campo Bahia, cujas instalações serviram de concentração para a Seleção Alemã, ele foi pego de surpresa quando o camisa 1, ao lado do volante Schweinsteiger, lhe pediu que lhes ensinasse a cantar o hino do Bahia, seu clube do coração.

Desde então, perdeu o número de entrevistas que deu. Até hoje curte os dias de celebridade em Santo André. “Estava sentado no local destinado aos motoristas e os dois, ao passar e me ver com a camisa do Bahia, me pediram para lhes ensinar o hino. Nós cantamos, pulamos, e alguém filmou. Quando me dei conta, já estava na internet, um monte de gente tinha visto, vieram me falar, me procuraram para falar da experiência”, relata. Para entender o que os alemães falavam, Henrique contou com a ajuda de um intérprete. Depois de ensinar os gritos de “Baêa”, porém, nem precisou mais ser traduzido. “Os caras são bem tranquilos, conversaram bastante com a gente, apesar das dificuldades de comunicação.”

O motorista não foi o único que apareceu ao lado dos alemães. No jogo Brasil x Chile, pelas oitavas de final, no Mineirão, Schweinsteiger e Podolski foram filmados engrossando a torcida pelos brasileiros diante da TV na área da piscina. Com a vitória dos anfitriões nos pênaltis, Podolski abraçou um funcionário do Campo Bahia, enquanto a turma da casa gritava ao fundo.

PRESENTES Como outros sortudos moradores de Santo André, Henrique teve a sorte de receber alguns brindes dos jogadores alemães. Ele guarda com carinho duas camisas, um calção, um tênis e uma bolsa. Já Mateus Guerra Freitas ganhou uma camisa, um calção e um agasalho.

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