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COPA LIBERTADORES

Confiante em título, treinador da Portuguesa compara torcidas de San Lorenzo e Atlético

Ídolo do clube de Buenos Aires, Silas frisou semelhanças nas histórias dos clubes

postado em 06/08/2014 11:07 / atualizado em 06/08/2014 12:49

Gazeta Press

AFP PHOTO / Juan Mabromata

Um dos trunfos do Atlético, último campeão da Copa Libertadores da América, foi o apoio incondicional de seus torcedores, que transformavam o acanhado – mas moderno – Independência em um grande empecilho para os adversários. Em busca do título inédito da principal competição sul-americana, o San Lorenzo-ARG aposta, além da qualidade técnica, no fanatismo de seus torcedores, para confirmar o favoritismo contra o surpreendente Nacional-PAR.

Ídolo no clube de Buenos Aires, Silas, atual técnico da Portuguesa, comparou o comportamento dos torcedores azuis e grenás ao dos atleticanos. “A história do San Lorenzo se assemelha com a do Atlético. É um clube grande, de muita torcida, mas que não havia conquistado reconhecimento na esfera internacional. Mesmo assim, os torcedores não se desanimam. São loucos pelo clube. O drama mineiro acabou ano passado. Agora, resta ao clube também gravar seu nome na Libertadores”, discorreu.

Quando questionado sobre as chances do Ciclón na decisão contra os paraguaios, Silas adotou tom otimista e avaliou com satisfação os comandados de Edgardo Bauza. “É uma equipe muito forte. Dos quatro clubes que chegaram às semifinais, eu achava que o mais difícil a ser batido era o Bolívar-BOL, por causa da altitude que La Paz oferece. Entretanto, o San Lorenzo perdeu apenas de 1 a 0 lá, com um gol no final, após ter construído um 5 a 0 em casa. Isso mostra o potencial do clube”, expôs o treinador, que acredita em uma final equilibrada, mas com pequena vantagem argentina.

Unidos pela fé

A busca incessante pelo título mais importante das Américas não é o único fator que une o Atlético da temporada passada e o San Lorenzo deste ano. Os dois clubes, para tentar destruir este trauma histórico, adotaram uma estratégia parecida: buscar força na fé. Se o time argentino tem como principal representante o Papa Francisco, o Galo contava com o supersticioso Cuca no comando da equipe.

Ao longo da campanha na competição continental, o treinador alvinegro não escondeu sua devoção em Nossa Senhora. Na semifinal contra o Newell’s Old Boys usou uma camisa com a imagem da santa e embalou os gritos de “eu acredito” nas arquibancadas da Arena Independência. No desfecho do jogo, um atleta em campo foi canonizado: 'São Victor’, com mais um pênalti defendido.

Ciente da crença azul e grená atualmente, Silas mostra bom humor. “Dizem que é por causa dele que o clube chegou lá. Se é verdade, eu não sei, mas vale tudo nessas horas”, disse aos risos, antes de seguir o raciocínio. “Estou feliz por essa fase vivida pelo clube. Seus fãs merecem e não devem nada ao fanatismo apresentado por Boca Juniors e River Plate, que já chegaram lá”, completou.

O jogo de ida entre San Lorenzo e Nacional ocorre nesta quarta-feira, às 21h15 (de Brasília), no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção-PAR. A volta está agendada para o dia 13 de agosto, no mesmo horário, em Buenos Aires-ARG, no Nuevo Gasómetro.

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