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Tite admite 'insônia' por Messi e não confirma seleção que enfrentará a Argentina

Técnico aposta na força do coletivo da Seleção Brasileira para anular o atacante

postado em 14/11/2019 15:21 / atualizado em 14/11/2019 15:38

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Depois de voltar a fechar um treino da Seleção Brasileira que visou o amistoso desta sexta-feira, às 14 horas (de Brasília), contra a Argentina, em Riad, na Arábia Saudita, o técnico Tite admitiu que o fato de ter de enfrentar o adversário com Lionel Messi em campo o fará perder o sono, assim como já ocorreu antes de outros duelos em que o astro do Barcelona encarou o Brasil. E com a equipe nacional vindo de uma sequência de quatro partidas sem vitórias, o treinador também se negou a confirmar a formação titular para o confronto diante do tradicional rival.

Ao comentar em entrevista coletiva nesta quinta-feira como será reencontrar Messi, que no início de julho atuou contra os brasileiros e foi derrotado por 2 a 0 junto com a Argentina, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela semifinal da Copa América, o comandante reconheceu: "Continuo sem dormir direito para neutralizar um jogador com capacidade extraordinária".

E Tite aposta na força do coletivo da Seleção Brasileira  para anular o atacante. "Ele é um jogador diferente, tem qualidades técnicas impressionantes. Mas a gente nunca neutraliza um jogador assim, diminuímos as virtudes. Mas o futebol é um esporte coletivo. Um coletivo forte vai potencializar um Coutinho, Firmino, Willian, assim como Otamendi, Aguero... Estamos tratando de Messi. Ele é um jogador diferenciado", afirmou, para em seguida lembrar de outros craques que o fizeram perder o sono durante outras fases de sua carreira de técnico.

"Quando eu estava no Corinthians, passava três dias para ver como ia marcar o Neymar (quando o atacante estava no Santos). Me criei no Caxias (clube gaúcho que dirigiu) contra o Ronaldinho Gaúcho (então jogador do Grêmio). O trabalho em equipe pode potencializar, depois o talento individual ajuda", completou Tite.

E o treinador sabe que uma vitória nesta sexta-feira, embora seja em um amistoso, tem um peso enorme para ele, pois, após a conquista do título da última Copa América, o Brasil acumulou um empate por 2 a 2 com a Colômbia, em Miami, e foi derrotado por 1 a 0 pelo Peru, em Los Angeles, em dois confrontos nos Estados Unidos. E em seguida a equipe nacional ampliou seu jejum com igualdades por 1 a 1, com Senegal e Nigéria, em amistosos realizados em Cingapura. "É um jogo especial na história do futebol internacional. O próprio nome diz, é superclássico, seleções com histórias. É um jogo muito forte, tem toda dimensão de espetáculo, mas é sim um campeonato à parte", destacou Tite.



MISTÉRIO


Neste primeiro treinamento do Brasil em Riad, depois de a equipe nacional ter trabalhado nos dias anteriores da semana em Abu Dabi, Tite optou por mais uma vez fechar a maior parte da atividade. Assim como ocorreu na quarta-feira, ele só abriu para o acesso da imprensa os primeiros 15 minutos do treino, quando os atletas realizaram o aquecimento.

Depois do treinamento, o comandante também optou por não confirmar a escalação da seleção, deixando claro que não quer fornecer nenhuma arma aos argentinos antes de enfrentá-los. "O time está escalado, mas não vou definir (revelar a equipe). Não adianta ficar enrolando para vocês (jornalistas). Vou trazer essa situação para o jogo", avisou.

Apesar do mistério feito por Tite, a única dúvida maior da Seleção Brasileira para o amistoso desta sexta, que ocorrerá no Estádio Universitário Rei Saud, é em relação ao substituto de Neymar, que não foi convocado por estar lesionado. Willian e Richarlison disputam pela vaga aberta pelo astro do Paris Saint-Germain. Uma provável formação do Brasil é a seguinte: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus, Willian (Richarlison) e Roberto Firmino.

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