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Colômbia tenta evitar 'síndrome de Robin Hood' diante do Catar na Copa América

Na 1ª rodada, seleção asiática perdia por 2 a 0 para o Paraguai e conseguiu o empate

postado em 19/06/2019 09:30 / atualizado em 19/06/2019 09:46

<i>(Foto: Divulgação)</i>
empate do Catar diante do Paraguai parece ter surpreendido demais Carlos Queiroz. O técnico português da Colômbia pregou muito respeito ao atual campeão asiático, adversário desta quarta-feira, às 18h30, no Morumbi, pela segunda rodada da Copa América. O "professor" quer evitar que sua equipe sofra da "síndrome de Robin Hood", que no caso representa tirar dos países mais tradicionais no futebol, os "ricos", para dar aos "pobres", as seleções emergentes. 

"Jogar futebol é uma coisa muito difícil. Jogar Playstation é mais fácil", brincou o treinador, nesta terça, no Morumbi, em entrevista coletiva, ao tentar explicar que no atual momento da modalidade a disputa sempre é muito intensa, sem jogos fáceis. 

Experiente, Carlos Queiroz, que já trabalhou na Seleção Iraniana afirmou que não se pode menosprezar os adversários menos badalados. Ainda mais o Catar, país possuidor de estrutura de primeiro mundo e ganhador da Copa da Ásia, no início deste ano.

"A seleção do Catar é campeã asiática. Seus campos parecem sonhos da Disney World e são melhores do que do Brasil, França, Inglaterra. Sanchez (Felix, técnico do Catar) é a ponta do iceberg de um trabalho de vários anos que é bem feito no país", afirmou o treinador. "Futebol não se ganha com o nome e sim com o trabalho."

O treinador destacou as qualidades da seleção do Catar. "Eles possuem um futebol dinâmico, de toque de bola rápido e preciso. São muito rápidos no contra-ataque. É um adversário que vai exigir nossa atenção durante todo o tempo."

A vitória sobre a Argentina na estreia da Copa América não deslumbrou Carlos Queiroz, que ainda coloca sua seleção abaixo de Brasil e Argentina no favoritismo pelo título, mas, ao mesmo tempo, não descarta a possibilidade de levar sua equipe a uma conquista, obtida pela última vez em 2001.

"Nossa equipe realmente possui jogadores experientes e que atuam em times importantes da Europa, mas não posso dizer que somos favoritos contra o Brasil, jogando em casa, e diante da Argentina. Não vamos vestir este manto (de favorito). Só vamos conseguir igualar esta disputa (chegar ao título), se formos harmoniosos em campo e isso só se tem com muito trabalho, que ainda precisa ser feito", afirmou o ex-treinador da Seleção Portuguesa.

Diante de jogadores renomados como Mina, Cuadrado e Falcao Garcia, Carlos Queiroz destacou a sempre boa participação do meia James Rodríguez. "Acho que os ares do Brasil fazem bem a ele", brincou o treinador, lembrando o fato de o jogador ter sido um dos destaques da Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil, que o levou a ser contratado pelo Real Madrid

CATAR


Grande surpresa da primeira rodada ao empatar com o Paraguai depois de estar perdendo por 2 a 0, o Catar quer reafirmar seu estilo de jogo baseado na posse de bola e força ofensiva e também para corrigir alguns de seus muitos problemas defensivos.

Sede da Copa do Mundo de 2022, o Catar tem como destaque do time campeão da Copa da Ásia, com o melhor ataque (com 19 gols), o técnico Felix Sánchez. Suas ideias de jogo têm origem no Barcelona, onde trabalhou nas categorias de base até 2006. Ele chegou a treinar Lionel Messi

Naquela época, o time principal era comandado por Rijkaard, que havia sido escolhido por Johan Cruyff. Sánchez saiu após ser convidado para participar da Aspire Academy, projeto do governo do Catar para promover as categorias de base dos clubes e intensificar o intercâmbio com o futebol europeu. Em pouco tempo o técnico de 43 anos passou a trabalhar com times de base da seleção, conquistando resultados importantes no sub-17 e sub-20.

Alçado ao cargo de técnico da seleção principal após a demissão do uruguaio Jorge Fossati, Sánchez reformulou parte da equipe e abriu espaço para os jovens formados nas bases. Apostou nos atletas que ele conhecia. Hoje, é visto como um Midas, principalmente pelo desenvolvimento de boa parte dos jogadores que integram atualmente a seleção do Catar.

A filosofia do Barcelona de ter a posse de bola, evitar os chutões e procurar as jogadas de ataque com eficiência nos passes e movimentação constante dos jogadores de frente está na alma do Catar. Ele gosta do tradicional 4-1-4-1 e aposta em Afif pela esquerda e no centroavante Moez Ali, goleador na Ásia. A lição para o jogo desta quarta, como ficou clara no começo contra o Paraguai, é melhorar a defesa. 

Os colombianos lideram a chave com três pontos, contra um de Catar e Paraguai. A Argentina, sem ponto ganho, está na lanterna. Na última rodada, domingo, está previsto: Catar x Argentina e Colômbia x Paraguai.

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