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Dana White perde a paciência com Cyborg e a libera de contrato com o UFC

Dirigente diz que não vai igualar propostas para renovar com brasileira

postado em 02/08/2019 21:40

<i>(Foto: Sarah Stier/AFP)</i>
A troca de farpas entre Dana White e Cris Cyborg resultou em um provável rompimento definitivo da ex-campeã peso pena (até 65,8kg) com o Ultimate Fighting Championship. Depois que a brasileira acusou o chefão de bullying e responder a declarações irônicas a respeito de eventual revanche contra Amanda Nunes, o presidente do UFC se irritou a ponto de anunciar a liberação de contrato da paranaense com a organização.

Cyborg teve a última luta de seu contrato com o UFC no sábado passado, quando bateu Felicia Spencer por decisão unânime, em Edmonton, Canadá, na luta co-principal da edição número 240 do evento. Depois da vitória, a brasileira insistiu novamente na revanche e o mandatário 'bateu de frente' ao afirmar que a real intenção da paranaense era disputar 'lutas fáceis' em um momento de 'fim de carreira'. 

Cyborg lembrou que foi vítima de bullying do executivo em 2014 (na ocasião Dana White a chamou de 'Wanderlei Silva de saias') e exigiu pedido de desculpas do dirigente para renovar com o UFC. Foi o suficiente para irritar ainda mais o mandatário, que decidiu liberá-la do contrato com a organização, permitindo que a brasileira se transfira para outra organização sem a prioridade de oferta por parte do Ultimate Fighting Championship.

"Vou liberá-la de seu contrato. Não vou igualar nenhuma oferta. Ela está livre e liberada para ir para o Bellator ou qualquer outra organização, e fazer essas lutas fáceis que ela quer. Feito. Eu literalmente farei meu advogado rascunhar uma carta para sua equipe que ela está livre e liberada para ir aonde quiser. Não temos mais nada com a Cyborg", bradou o mandatário em entrevista ao canal do UFC no YouTube.

Sobre a acusação de bullying, Dana White usou o mesmo argumento da época em que chamou Cyborg de 'Wanderlei Silva de saias'. Ele disse que se referiu ao porte físico avantajado da brasileira, sem a intenção de ofendê-la. E o executivo insistiu que a brasileira não tinha intenção de volta a enfrentar Amanda Nunes, contra a qual perdeu o cinturão do ser nocauteada logo no primeiro round, em dezembro do ano passado, em Las Vegas. 

O dirigente reforçou que tudo nao passa de um 'balão de ensaio' da ex-campeã. "Eu e Cyborg falamos sobre isso antes de ela vir ao UFC, e não esqueçamos: nós assinamos um contrato com ela para o Invicta em 2015 e a trouxemos para o UFC. Em 2015! Estamos em 2019! Que narrativa é essa, de onde está vindo? É uma cortina de fumaça para não enfrentar Amanda Nunes!", reforçou.

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