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Lisca elogia projeto do América: 'Casou com o que eu penso sobre futebol'

Técnico ressalta qualidade do clube e comenta sobre importância de somar bons resultados para manter emprego

postado em 21/02/2020 16:23 / atualizado em 21/02/2020 16:44

(Foto: Estevão Germano/América)


Há 23 dias no América, Lisca tem colocado pouco a pouco sua cara no time. Apesar do pouco tempo no Coelho, o treinador mantém série de invencibilidade: são quatro jogos, com duas vitórias e dois empates. Em entrevista nesta sexta-feira à Band, o comandante destacou a sintonia com o projeto do clube e as prioridades para a temporada.

Vice-líder do Campeonato Mineiro, com a mesma pontuação do primeiro colocado Tombense (14 pontos), o América não perdeu nesta temporada. Com a saída do técnico Felipe Conceição para o Bragantino, no final de janeiro, Lisca foi o escolhido para manter o projeto.

Lisca elogiou o ‘casamento’ de ideias entre treinador e clube: “Eu tive o privilégio de chegar em um clube que já tem uma estrutura de equipe, uma metodologia e uma ideia de jogo bem trabalhada, que casou bem com o que eu penso sobre futebol. Uniu a fome com a vontade de comer. Minha ideia de futebol é exatamente aquilo que o clube vinha desenvolvendo”. 

Lisca também comentou sobre os planos do América em 2020 e de que forma os primeiros meses guiarão o resto da temporada. O comandante explicou que o acesso à Série A é a prioridade, embora haja necessidade de fazer um bom Estadual. Em 2019, o acesso à elite do futebol brasileiro escapou na rodada final, com uma derrota em casa para o São Bento.

“Tive essa vantagem de pegar um projeto que veio do ano passado. Mudaram alguns jogadores, mas ficou uma boa estrutura da equipe titular. O América é um clube que sabe o que quer. Sabe que quer ir bem no Campeonato Mineiro, obviamente quer passar o máximo de fases possíveis na Copa do Brasil. Mas o objetivo principal é a Série B. Isso é bem claro. O presidente Salum e o Paulo (Bracks) foram bem claros para mim”, revelou.

Necessidade de resultados

Lisca falou sobre o tempo mínimo para que os treinadores consigam desenvolver um bom trabalho nos clubes. Na explicação, o treinador estipulou um prazo de 90 dias para que os jogadores consigam absorver as ideias passadas por um técnico.  

“Acho que sim (dar 90 dias de trabalho ao treinador no início ou no meio da temporada), porque dá tempo de você equilibrar, deixar os jogadores no mesmo nível, introduzir os princípios que você quer na sua equipe e experimentar algumas situações”, justificou.

Além disso, o técnico destacou a questão do imediatismo no futebol brasileiro. Na última edição da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas duas das 20 equipes que disputaram a competição passaram todo o torneio com o mesmo treinador - Santos (Jorge Sampaoli) e Grêmio (Renato Portaluppi). Contando toda a temporada passada, apenas uma equipe da última Série A passou todo o ano com o mesmo comandante - Grêmio, com Renato Portaluppi. 

“Nosso futebol é imediatismo, não tem jeito. Nós vivemos de resultado, temos que saber disso. Então, temos que buscar o resultado o mais rápido possível, com estrutura, organização, e muito vale também de quem está organizando o trabalho: quem convive internamente, quem está vendo o dia a dia, e sabe que o clube quer. O América te dá essa estabilidade, ao menos teoricamente. Porque se começar a perder e não der retorno, o treinador vai embora”, comentou.

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