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Ao ataque: números com Oswaldo fazem Atlético lembrar 'bons tempos'; veja análise

Sob o comando do treinador, equipe marcou 21 gols em 12 jogos no Brasileiro

postado em 28/11/2017 06:30 / atualizado em 27/11/2017 13:24

Bruno Cantini/Atlético
As atuações ruins e a pontuação menor do que a esperada incomodavam. Entretanto, uma outra característica do Atlético chateava diretoria e torcida neste Campeonato Brasileiro: o time não conseguia repetir o rendimento ofensivo de anos recentes. Com Oswaldo de Oliveira, o cenário tem mudado.

São apenas dois meses de trabalho à frente do Atlético. O tempo é curto para implementar movimentos de ataque coordenados e um modelo de jogo pré-definido e bem interpretado pelos jogadores. Dessa forma, Oswaldo tem feito escolhas para o sistema ofensivo: dar liberdade a Fred e Robinho e apostar na chegada dos pontas.

E tem dado certo. Sob o comando do experiente treinador, as duas maiores estrelas do elenco voltaram a balançar as redes. Oswaldo esteve à frente do time em 12 partidas do Brasileirão e viu a equipe marcar 21 vezes nesse período. A média de 1,75 gols por jogo é alta e supera, inclusive, a do Palmeiras (1,63), dono do melhor ataque da competição.

Outros aspectos ofensivos também melhoraram desde a chegada de Oswaldo de Oliveira à Cidade do Galo. Nos últimos 12 jogos, o time alvinegro finalizou 133 vezes. A média de 11 chutes a gol por partida é inferior à alcançada pela equipe de Rogério Micale (13,8) e de Roger Machado (11,8). A eficiência, entretanto, é bem maior.

A equipe de Oswaldo precisa finalizar apenas 6,3 vezes para marcar um gol - número bem inferior à média de todos os clubes do campeonato. Com Roger, eram necessários 11 chutes. Com Micale, o número sobe: 12,5. E esse é um dos fatores que fizeram com que o time melhorasse na tabela do Brasileirão e, consequentemente, voltasse a sonhar com uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores.

“Eu não vou esconder que fiquei envaidecido. A melhor coisa para o profissional é o reconhecimento do trabalho. Acho que a gente tem muito ainda a percorrer. Mas é o caminho certo. É o que eu aprendi a fazer, a maneira que eu gosto. A minha intenção é dar continuidade e fazer a equipe jogar mais ainda para frente e conseguir bons resultados, isso que é o mais importante”, disse Oswaldo de Oliveira na antevéspera do jogo contra o Corinthians, que terminou empatado por 2 a 2.

No campeonato

Oswaldo de Oliveira esteve à frente do Atlético em 12 das 37 partidas disputadas pela equipe no Brasileirão (32,4%). Nesse período, o time marcou 21 das 48 vezes (43,7%) - outro número que comprova a melhora ofensiva com o experiente treinador.

Atualmente, o Atlético tem o sétimo melhor ataque da competição, atrás de Palmeiras (59), Grêmio (52), Corinthians (50), Bahia (49), Fluminense (49) e Vitória (49). O número melhorou nos últimos jogos, mas ainda é inferior à média dos últimos cinco anos - com exceção de 2013, quando a equipe tinha foco na Copa Libertadores da América.

  • 2016 - 61 gols (2º melhor ataque)
  • 2015 - 65 gols (2º melhor ataque)
  • 2014 - 51 gols (5º melhor ataque)
  • 2013 - 49 gols (9º melhor ataque)
  • 2012 - 64 gols (melhor ataque)

Artilheiros e estratégia

O 4-2-3-1 armardo por Oswaldo de Oliveira muito se confunde com o 4-4-2 com pontas abertos. Afinal, Robinho, peça central da segunda linha de meias, flutua com liberdade no ataque. Entender o posicionamento do jogador é fundamental para compreender a melhora ofensiva da equipe.

O 4-2-3-1 vira 4-4-2 por vezes, especialmente durante o momento defensivo, quando Robinho se junta a Fred no ataque. Quando o time alvinegro tem a bola, se movimenta para dar opção aos companheiros e, é claro, criar oportunidades. 

E tem funcionado. Robinho e Fred são os artilheiros da ‘era Oswaldo’, com seis gols marcados cada um. O camisa 7, inclusive, aparece em diferentes lugares no campo. A ponta esquerda, entretanto, ainda é o lado em que ele é mais fatal. Todos os gols foram marcados por esse lado.

Além de Robinho, outros dois jogadores têm chamado atenção pelo bom rendimento: Fred tem sido mais bem servido pelos companheiros e aproveitado as chances; Otero participa mais efetivamente, busca o jogo pelo meio e, como sempre, é arma fundamental nas bolas paradas.

Artilheiros do Atlético desde a chegada de Oswaldo:

  • Fred e Robinho: 6 gols
  • Otero: 4 gols
  • Fábio Santos: 2
  • Leonardo Silva: 1
  • Luan: 1
  • Valdívia: 1

A hora, agora, é de tentar repetir o desempenho ofensivo contra o Grêmio. O Atlético encerra a participação no Campeonato Brasileiro neste domingo, às 17h (de Brasília), no Independência. A partida definirá o futuro do clube em 2018. A vaga na Libertadores é a meta.

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