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Filme repetido? Há um ano, Atlético efetivava Thiago Larghi; Rui Costa não crê em final parecido com Rodrigo Santana

Após 17 jogos como interino, treinador foi efetivado pelo alvinegro

postado em 25/06/2019 06:00 / atualizado em 25/06/2019 00:28

<i>(Foto: Bruno Cantini / Atletico)</i>


O enredo parece repetido, mas o Atlético promete um final diferente na temporada 2019. Há exatamente um ano, o clube efetivava Thiago Larghi no comando da equipe. Passados 364 dias, o alvinegro tomou a mesma decisão, e oficializou Rodrigo Santana como treinador para a sequência de 2019.

Os dois tiveram aproveitamento parecido antes da efetivação. O Atlético disputou 32 partidas sob o comando de Thiago Larghi. Foram 17 vitórias, sete empates e oito derrotas, com aproveitamento de 60,4% de pontos. Nesso período, o time marcou 51 gols e sofreu 29.

Já com Rodrigo Santana foram 17 jogos, com oito vitórias, três empates e seis derrotas - aproveitamento de 52,94%. Pesa a favor do atual treinador as classificações na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil - com Thiago Larghi, o Galo caiu nas duas competições. 

Diretor de futebol do Atlético, Rui Costa conta com a confiança do presidente Sérgio Sette Câmara. O dirigente foi o responsável pela manutenção do treinador no cargo. Ele não acredita que Rodrigo Santana terá o mesmo destino de Thiago Larghi, demitido 17 partidas após a efetivação (seis vitórias, cinco empates e seis derrotas). 

“Com todo respeito que os profissionais que estavam aqui merecem, trato apenas como mera coincidência. Eu não trabalho com conceitos que não são aqueles que acredito, aqui é um cenário de absoluta transparência. Quando a gente buscava um treinador, sempre falei que o Rodrigo era o interino. Agora, por acreditar que é o momento de ele ser reconhecido como treinador capacitado para nos conduzir na temporada 2019, estou dizendo. É uma mera coincidência. Sempre disse, desde o início, que o Atlético não pode abrir mão do Rodrigo, seja em que função for. Digo isso desde a época que ele era interino. Se isso aconteceu no ano passado, confesso que nem sabia. Não estou, de forma alguma, me apresentando diferente daqueles que aqui estavam. Eu tenho as minhas convicções, a forma de me posicionar e de construir caminho junto com o presidente Sérgio Sette Câmara. Entendi que, depois de toda a caminhada que fizemos, por tudo que o Rodrigo mostrou, daquilo que eu vejo no vestiário, não seria justo, recomeçar uma intertemporada, que é tão importante e fundamental, e ele não ter esse merecimento de ter publicamente o reconhecimento que já era feito de forma privada", disse.

"O Rodrigo nunca foi tratado como interino no clube, mas era fundamental que o torcedor soubesse. Acho que é uma mera coincidência e espero que ela termine por aí. Tenho certeza que o Rodrigo vai poder desenvolver seu trabalho com mais tranquilidade, sabendo da responsabilidade de conduzir um clube deste tamanho. Acredito firmemente que essas coincidências não tenham o mesmo final”, acrescentou.

Rui Costa ainda destacou que não é qualquer fracasso da equipe em campo que vai abalar o trabalho do técnico alvinegro.

“Tenho que ser coerente com o que sempre falei. O Rodrigo é um profissional importante para qualquer clube, principalmente o nosso. Minha preocupação sempre foi transformar ele num treinador principal e depois perdê-lo. Mas quando digo perdê-lo, não é demitir, é um clube pagar R$ 500 mil por mês e levar o treinador. Não é depreciar o profissional, é imaginar que ele continue evoluindo em sua função e daqui a pouco, num mercado tão restrito, a gente venha a perdê-lo. Ninguém é maior do que a instituição. O Rodrigo reúne condições para ficar muitos anos no Atlético? Eu não tenho dúvidas disso. Mas somos avaliados pelo resultado. Mas não é qualquer resultado que vai afetar a credibilidade nele. Não é assim que eu trabalho”, concluiu.

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