A contratação do goleiro Wilson, ex-Coritiba, pelo Atlético surpreendeu torcedores. Afinal, o elenco alvinegro conta com cinco atletas da posição, entre eles Victor e Cleiton, bem vistos pelos atleticanos. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira na Cidade do Galo, o diretor de futebol Rui Costa justificou a ação no mercado.
Segundo o dirigente, a intenção inicial do Atlético não era contratar um goleiro. Porém, as circunstâncias o levaram a entrar em contato com Wilson, que assinará contrato por empréstimo até o fim de 2019. Durante a explicação, Rui Costa citou os problemas físicos de Victor (tendinite no joelho esquerdo), Uilson (cirurgia no joelho direito) e Michael (cirurgia no ombro), além do fato de que Cleiton é potencial desfalque por convocações para a Seleção Brasileira Olímpica.
“Uilson não joga futebol este ano. Só estará pronto para jogar futebol no ano que vem. Michael só estará apto a jogar futebol ano que vem. O Cleiton está sendo convocado e tudo indica, pelas informações que temos, que essas convocações vão ser uma regra. E o Victor vem num processo de transição numa tentativa de voltar em alto nível já há quase 35 dias”, disse.
Wilson deve chegar e já ser titular do Atlético contra o Botafogo. Titular na ausência de Victor, o jovem Cleiton, de 22 anos, defenderá a Seleção Brasileira Olímpica e não poderá participar do jogo. As equipes alvinegras se enfrentam neste domingo, a partir das 16h, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.
“Diante desse quadro em que você tinha cinco goleiros, e você tem hoje, neste momento, praticamente um goleiro, que é um jovem que não fez ainda nenhuma partida pelo Atlético (Fernando), nos vimos na obrigação profissional de trazer um goleiro experiente, que pudesse, da maneira mais rápida possível, nos atender neste momento circunstancial”, disse.
Rui explicou ainda o motivo da escolha por Wilson. “Por que Wilson? Porque reúne as qualidades de preencher esta lacuna, porque manifestou muita vontade de vir ao Atlético. Ele entende que isso é um crescimento na carreira. Ele atendeu ao nosso pedido de que este contrato fosse de quatro meses. Dificilmente você traria um goleiro do nível dele por um contrato desse período”.
O diretor rebateu críticas recebidas pela contratação de mais um goleiro e cravou: “Seria uma irresponsabilidade, aí sim, do processo de gestão e do gestor que sou eu de não trazer uma opção pelo menos para o Rodrigo (Santana, treinador) ter tranquilidade”.