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Organizadas do Atlético anunciam fim da trégua com a diretoria: 'A confiança acabou'

Grupo de torcedores havia se reunido com presidente e diretor de futebol, mas afirmam que é hora de "intensificar as cobranças"

postado em 15/10/2019 14:10 / atualizado em 15/10/2019 14:39

<i>(Foto: Pedro Souza / Atlético)</i>
Um grupo de torcidas organizadas do Atlético, intitulado Associação Unidos pelo Galo, anunciou o fim da trégua com a diretoria alvinegra. Os torcedores haviam se reunido com o presidente Sérgio Sette Câmara e o diretor de futebol Rui Costa na sede de Lourdes, no dia 2 de outubro, para cobrar melhores resultados do time.

Entretanto, as torcidas se manifestaram por suas redes sociais, anunciando que "a hora é de mudar a estratégia e intensificar as cobranças", já que "a diretoria não honrou a palavra". Segundo os torcedores, "a confiança acabou".
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Em 02/10, há exatos 12 dias, as Torcidas Organizadas que fazem parte da Associação Unidos pelo GALO conseguiram uma reunião com o presidente Sérgio Sette Câmara e com o diretor de futebol Rui Costa na Sede de Lourdes. Ao contrário de outros lugares onde a violência tem se destacado nas relações entre torcidas e dirigentes, escolhemos a forma mais séria e responsável para tratarmos os assuntos de interesse do Clube, mas diferentemente do que alguns propagaram de forma irresponsável nas redes sociais, a conversa não foi nada suave com a diretoria. Foram horas de questionamento e cobrança pesada. Nos foi passado que o grupo estava comprometido em sair dessa situação e lutaria pela vaga na Libertadores. O presidente garantiu que os excessos de qualquer jogador foram e serão punidos e que o time precisaria do apoio da torcida para que, juntos, pudéssemos alcançar uma colocação melhor no campeonato. Deixamos claro que seria um último voto de confiança pra tirar o time dessa situação sem tumultuar ainda mais um ambiente já conturbado. Mas a diretoria não honrou a palavra e a confiança acabou, a hora é de mudar a estratégia e intensificar as cobranças. Por causa dessa reunião, fomos chamados de %u201Ccomprados%u201D, %u201Cvendidos%u201D, %u201Ctorcidas organizadas não representam a Massa%u201D, etc, mas sabemos que muitos desses xingamentos têm diversos motivos: seja para aqueles que não saem da internet para fazer algo pelo GALO, seja para aqueles que querem uma %u201Cboquinha%u201D dentro do GALO ou até mesmo pelo ego ferido de não terem estado presentes nessa reunião. Vale ressaltar que as Torcidas Organizadas existem apenas porque o GALO existe. Somos sócios do GALO, pagamos GNV, pagamos nossos ingressos, compramos material oficial e contribuímos de todas as maneiras que podemos, isso sem falar nas horas e horas dedicadas ao Clube antes e depois dos jogos, carregando instrumentos, faixas, materiais, viajando milhares de quilômetros, fazendo ações sociais, etc. Nos jogos, como qualquer torcedor atleticano, tocamos, cantamos, comemoramos quando é para comemorar e sofremos muito nas derrotas. As Torcidas Organizadas não se vendem! (Continua...)

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O grupo Unidos pelo Galo, que assina o manifesto divulgado nas redes sociais é formado pela Galoucura, Força Jovem Atleticana, Torcida Uniformizada do Atlético, Movimento 105 Minutos, Galo Metal, Dragões da F.A.O., Camisa 13 do Galo, Fúria Alvinegra, Movimento Velha Brigada e PC Galo.

Os torcedores afirmam que nunca chegaram a fazer acordo com a diretoria e que, de agora em diante "a cobrança, que nunca deixou de existir, agora será ainda mais forte".

Leia no fim desta matéria a íntegra da nota divulgada pelas torcidas.

Ambiente hostil em casa

Curiosamente, o "fator casa", uma das principais armas do Atlético para derrotar seus adversários ao longo da história, se tornou uma dificuldade para o time. O zagueiro e capitão Réver chegou a afirmar que, neste momento de crise, pode ser melhor para a equipe atuar longe de Belo Horizonte.

"Nossa maior dificuldade está sendo em casa, onde somos fortes. O sentimento é de frustração de não conseguir o resultado, deixando as equipes a nossa frente se distanciar, porque todos venceram os seus confrontos. A gente é obrigado a sair daqui escutando isso. É esfiar a cabeça e pensar no jogo fora de casa, que psicologicamente pode ser melhor jogar fora de casa do que em casa", disse o defensor.

O Atlético vem de derrota por 4 a 1 para o Grêmio no Independência, resultado que custou o emprego do técnico Rodrigo Santana. Durante o segundo tempo, torcedores - não vinculados às organizadas - hostilizaram jogadores do banco de reservas do Galo.

Bebidas e objetos foram atirados nos atletas. Ricardo Oliveira, um dos principais alvos dos ataques, se descontrolou e foi contido pelos companheiros. Ao fim da partida, Rui Costa disse em entrevista coletiva que alguns jogadores "pais de família tomaram cusparadas" no estádio.

O meia Vinícius disse que entende o momento, mas que alguns torcedores se excederam.

"O torcedor tem todo o direito de vir xingar. Mas a partir do momento que cospe, joga bebida alcoólica nos outros, falta com respeito. A maioria é o pai de família, dá o sustento aos familiares. Acho que passa para falta de respeito, Ninguém está aqui para perder. Mas nós jogadores estamos calejados com esses momentos", afirmou.

O próximo jogo do Atlético em casa é contra o Santos, no domingo (20), às 16h, no Independência. Antes disso, o Galo vai a Maceió, enfrentar o CSA, nesta quarta, às 19h15.

Leia na íntegra a nota oficial da Associação Unidos pelo Galo 


Em 02/10, há exatos 12 dias, as Torcidas Organizadas que fazem parte da Associação Unidos pelo GALO conseguiram uma reunião com o presidente Sérgio Sette Câmara e com o diretor de futebol Rui Costa na Sede de Lourdes.

Ao contrário de outros lugares onde a violência tem se destacado nas relações entre torcidas e dirigentes, escolhemos a forma mais séria e responsável para tratarmos os assuntos de interesse do Clube, mas diferentemente do que alguns propagaram de forma irresponsável nas redes sociais, a conversa não foi nada suave com a diretoria.

Foram horas de questionamento e cobrança pesada.

Nos foi passado que o grupo estava comprometido em sair dessa situação e lutaria pela vaga na Libertadores.

O presidente garantiu que os excessos de qualquer jogador foram e serão punidos e que o time precisaria do apoio da torcida para que, juntos, pudéssemos alcançar uma colocação melhor no campeonato.

Deixamos claro que seria um último voto de confiança pra tirar o time dessa situação sem tumultuar ainda mais um ambiente já conturbado.

Mas a diretoria não honrou a palavra e a confiança acabou, a hora é de mudar a estratégia e intensificar as cobranças.

Por causa dessa reunião, fomos chamados de “comprados”, “vendidos”, “torcidas organizadas não representam a Massa”, etc, mas sabemos que muitos desses xingamentos têm diversos motivos: seja para aqueles que não saem da internet para fazer algo pelo GALO, seja para aqueles que querem uma “boquinha” dentro do GALO ou até mesmo pelo ego ferido de não terem estado presentes nessa reunião.

Vale ressaltar que as Torcidas Organizadas existem apenas porque o GALO existe.

Somos sócios do GALO, pagamos GNV, pagamos nossos ingressos, compramos material oficial e contribuímos de todas as maneiras que podemos, isso sem falar nas horas e horas dedicadas ao Clube antes e depois dos jogos, carregando instrumentos, faixas, materiais, viajando milhares de quilômetros, fazendo ações sociais, etc. Nos jogos, como qualquer torcedor atleticano, tocamos, cantamos, comemoramos quando é para comemorar e sofremos muito nas derrotas.

As Torcidas Organizadas não se vendem! 

Cada organizada tem sua história, seu tempo de dedicação, estando lado a lado com o GALO, seja aonde for, sem nunca ter dependido de presidente, diretor ou qualquer outro dirigente para estar ao lado do GALO e apoiá-lo.

Após 12 dias da reunião, foram 4 jogos, sendo 2 jogos em casa, e só conseguimos 1 ponto em 12 pontos disputados.

Não vimos a mudança na postura de vários jogadores e não vimos comprometimento em melhorar nossa classificação.

Estamos vendo uma falta de vergonha na cara e descaso com o Clube Atlético Mineiro.

É importante deixar claro que NUNCA TIVEMOS ACORDO COM NENHUMA DIRETORIA!

A partir de agora não faremos mais protesto Público Zero, a cobrança será feita nas ruas e no estádio; convocamos quem está insatisfeito a se juntar a nós nas próximas ações que serão tomadas para exigir respeito ao GALO e à sua torcida.

A cobrança, que nunca deixou de existir, agora será ainda mais forte em todos!

*Associação Unidos pelo GALO*

Torcida Organizada Galoucura
Força Jovem Atleticana
Torcida Uniformizada do Atlético
Movimento 105 Minutos
GALO Metal
Dragões da FAO
Camisa 13 do GALO
Fúria Alvinegra
Movimento Velha Brigada
PC GALO

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