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Cazares se defende de críticas no Atlético e diz que é o primeiro a se cobrar

Meia equatoriano tenta reconquistar condição de titular

postado em 21/11/2019 16:51 / atualizado em 21/11/2019 18:32

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)

Em 2019, Cazares é, ao lado de Luan, o líder de assistências do Atlético, com oito passes decisivos. Com nove gols, o meia equatoriano também é o terceiro artilheiro do elenco na temporada, empatado com Chará e atrás apenas dos centroavantes Ricardo Oliveira (14) e Alerrandro (13). Mesmo com os bons números - que o acompanham desde a chegada ao clube, em 2016 -, ele sofre com contestações de parte da torcida alvinegra.


Para os críticos, Cazares pode ter rendimento melhor. E o equatoriano concorda com a avaliação, mas pontua que é o primeiro a se cobrar. “Eu vejo todo mundo me cobrar. Eu sou o primeiro. Quando eu não faço gol, fico puto comigo mesmo. Quando erro o pênalti (contra o Colón-ARG), que a gente poderia estar na final (da Copa Sul-Americana), saí chateado para caralho”, disse, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, na Cidade do Galo.

Cazares chegou à marca de 200 jogos pelo Atlético no último sábado, no empate por 1 a 1 com o Fluminense, no Maracanã, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nos quatro anos de clube, sofreu com a irregularidade nas atuações, uma série de problemas de indisciplina extracampo e as críticas da torcida. Ele acompanha comentários em redes sociais, mas garante: sabe quais questionamentos devem ser levados a sério e quais podem ser ignorados.

“Eu sou o primeiro a me criticar, a me cobrar. Gol? Tenho que fazer? Tenho que fazer. Eu errei e aí fico bolado, porque sei que tenho uma técnica boa para fazer os gols. Aí eu vou e erro. Aí fico bolado comigo mesmo. Mas essas coisas aí, que a torcida pega no meu pé, essas coisas eu vejo e boto do lado, sigo minha vida tranquilo, faço minha vida. Essas coisas para mim não entram comigo, sabe?”, disse.

Racismo velado?

Durante a entrevista desta quinta-feira, Cazares foi questionado se sofre cobrança maior pelo fato de ser negro. O racismo ‘velado’ é uma tese de parte da torcida que o apoia nas redes sociais. “Quando a torcida critica (ou alguém) fala ‘você é negro, irmão’, eu não ligo para essas coisas não, sabe? Faço minha vida tranquilo. Sei o que tenho que fazer. Se eu cometo um erro, sou humano. Todo mundo comete, ninguém é perfeito, só Deus”, disse.

Em busca da titularidade

Cazares foi reserva de Bruninho no empate com o Fluminense no Rio de Janeiro. Agora, o equatoriano luta para recuperar posição. O próximo jogo do Atlético é contra o Athletico-PR, no Mineirão. As equipes se enfrentam neste domingo, a partir das 16h, pela 34ª rodada do Brasileirão.

“Eu sou muito tranquilo com essas mudanças, se vou jogar ou não. Sou de boa. Aceito, porque Bruninho também vem trabalhando bem, merecia também. Entrou num jogo e fez um gol, no outro ajudou também. Então, fiquei tranquilo, torcendo para que ele fizesse um belo jogo. Foi bem motivador que ele jogasse. Esperamos que qualquer jogador que esteja jogando ajude o time”, disse.

Cazares foi testado entre os titulares no treinamento desta quinta-feira, na Cidade do Galo. Bruninho ficou de fora da atividade. O garoto de 18 anos se recupera de uma virose e é dúvida para a partida diante do Athletico-PR.

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