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Levir Culpi conta bastidores de discussão com Ronaldinho Gaúcho no Atlético, em 2014

Aposentado desde 2019, técnico falou ao canal Desimpedidos, no Youtube

postado em 13/02/2020 21:41 / atualizado em 13/02/2020 22:15

(Foto: VINICIUS COSTA/AGENCIA PREVIEW/ESTADAO CONTEUDO. RS )
A passagem de Levir Culpi pelo Atlético, em 2014, foi marcada por títulos e também por cobranças aos ídolos Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli. Àquela altura, já em sua fase “super sincera”, o treinador não hesitava em falar publicamente de atuações discretas dos medalhões e cobrava mais empenho. Ao programa Bolívia Talk Show, do canal Desimpedidos, no Youtube, divulgado nesta quinta-feira, Levir contou bastidores de uma discussão com R10 gerada por uma substituição questionada.

O jogo em questão era contra o Grêmio, em Porto Alegre, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Naquele 27 de abril, Levir Culpi fazia sua estreia no Galo em substituição a Paulo Autuori. Diante do placar negativo de 2 a 0 na Arena, o treinador sacou Diego Tardelli e Ronaldinho Gaúcho aos 21 minutos do segundo tempo. O time reagiu, diminuiu para 2 a 1, mas não evitou o revés. À época, ao ser indagado pela imprensa sobre as saídas dos dois ídolos do time, Culpi deu o seu recado:

“Tirar o Ronaldinho para mim é como tirar qualquer jogador do elenco. Fiz uma palestra rápida com eles e falei que o jogador é número, quantos chutes, passes, gols, assistências. O melhor jogador está dentro da estatística. Quem acompanha o basquete americano, por exemplo, sabe que o melhor jogador deles é o que faz mais cesta, dá mais assistência. Então é isso: tem que ficar num número alto de aproveitamento. Se não, não fica no time. Não importa se é o Ronaldinho ou o menino do júnior: o jogador tem que ter um número considerável de números favoráveis para se manter no time, e isso serve para qualquer um”, disse Levir sobre a substituição de Ronaldinho.

Na entrevista desta quinta-feira, ao canal Desimpedidos, Levir Culpi negou que tivesse brigado com Ronaldinho Gaúcho. “Briga? Não. Briga, não. Discussão eu tive com todos”.

Levir lembrou que a discussão com Ronaldinho foi baseada em números. “Eu sou um cara tão desligado, porque eu não tenho certeza do que eu estou te falando. Nós tivemos uma discussão uma vez, que eu me lembre, numa substituição. Tirei durante o jogo, alguma coisa assim. Eles não gostaram. ‘Três chutes no gol, dois dribles. É muito pouco para a sua bola. Você queria continuar no jogo?’ A gente discute depois. Os elogios e as críticas, eu fazia na frente dos profissionais, reunidos ali. Preparador físico, comissão técnica, jogadores. Ali ele tem oportunidade de falar também. ‘Eu achei que estava bem no jogo, achei que não ia sair’. Mas no jogo, público presente, e tal, o cara fazer charminho, fazer... Eu não aguento muito não. Não gostava muito disso”.



Levir não soube dizer se foi responsável pela saída de Ronaldinho Gaúcho do Atlético naquele ano, logo depois da conquista da Recopa Sul-Americana, sobre o Lanús, em julho. “Talvez. Claro que não agradei a todo mundo, pelo amor de Deus. Sou ser humano”.

Naquela temporada, Levir comandou R10 em quatro jogos e o substituiu em três deles. 

Histórico no Atlético

Levir Culpi, que anunciou sua aposentadoria em dezembro passado, dirigiu o Atlético em cinco ocasiões. A última foi encerrada em abril de 2019, com a derrota por 4 a 1 para o Cerro Porteño, em Assunção, pela Copa Libertadores. Ao todo, o treinador dirigiu o clube em 320 partidas, com 172 vitórias, 66 empates e 82 derrotas.

Levir Culpi conquistou seis títulos no Atlético
: os Mineiros de 1995, 2007 e 2015; a Série B de 2006, a Recopa e a Copa do Brasil de 2014.

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