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Em meio à pandemia, vice do Atlético defende volta imediata da torcida aos estádios

BH acumula 39.321 casos de COVID-19, dos quais 1.160 resultaram em óbitos. Orientação dos especialistas é que jogos continuem sem público

postado em 18/09/2020 18:55 / atualizado em 18/09/2020 19:17

(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Vice-presidente do Atlético, o advogado Lásaro Cândido da Cunha contrariou especialistas sanitários e defendeu a volta imediata dos torcedores aos estádios em meio à pandemia do novo coronavírus. Belo Horizonte acumula 39.321 casos de COVID-19, dos quais 1.160 resultaram em óbitos, de acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira pela prefeitura.

De fato, a capital mineira tem apresentado, nas últimas semanas, redução consistente na quantidade de novos registros de infecção pela doença e mortes causadas pelo vírus. Porém, o entendimento nacional é que ainda não é o momento de reabrir os estádios de futebol para as partidas, que são potenciais causadoras de aglomerações.

Lásaro Cândido utilizou o Twitter para se posicionar e pedir a volta da torcida. O vice-presidente alvinegro argumentou que, como a prefeitura da capital permitiu o funcionamento da Feira Hippie a partir do próximo dia 27, também era possível reabrir os estádios com "pelo menos" um terço da capacidade total.

"Se até a 'Feira Hippie' foi autorizada funcionar, então não há como impedir a volta imediata dos torcedores ao estádio - com pelo menos 1/3 da capacidade do Mineirão. A torcida do Galo tá fazendo falta!", escreveu o dirigente.


Segundo laudos técnicos da Federação Mineira de Futebol (FMF), o Mineirão - estádio onde as partidas do Atlético são realizadas - tem capacidade de receber 61.890 torcedores. Pela proposta de Lásaro, ao menos 20.630 pessoas poderiam frequentar os jogos.

No último domingo, foi o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, quem defendeu o retorno das torcidas aos estádios. Advogado e sem formação médica - assim como Lásaro -, o mandatário celeste conclamou a FMF e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a debaterem o tema.

“Estou nos jogos do Cruzeiro desde que os protocolos de segurança foram estabelecidos. Temos visto muito avanço nos controles e nas medidas de segurança, mas o futebol sem a nossa torcida não é o mesmo. Os jogos da NFL, F1 e alguns jogos de futebol na Europa começaram a ensaiar a participação do torcedor, que é sem dúvida nenhuma o maior prejudicado com os portões fechados”, escreveu Sérgio.

“E eu sei a falta que uma voz Cruzeirense faz no estádio e a falta que o estádio faz para o coração deste torcedor. Certamente essa relação se dá em outros clubes. Com segurança, redução da capacidade e aumento ainda maior das medidas de controle, eu acredito que podemos pensar em ter nossa torcida ao lado. Vamos pensar juntos, CBF e FMF?”, concluiu.

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