Atlético
None

ATLÉTICO

Atlético pagará R$ 600 mil a ex-auxiliar em acordo na Justiça

Bernardo Motta, que trabalhou no clube por 12 anos, cobrava mais de R$ 1 milhão em ação

postado em 20/04/2021 11:22 / atualizado em 20/04/2021 11:58

(Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Em audiência realizada nesta terça-feira, o Atlético e o ex-auxiliar-técnico Bernardo Motta chegaram a um acordo na Justiça do Trabalho. A juíza Paula Borlido Haddad, da 1ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, redigiu o acerto entre as partes no valor de R$ 600 mil. A cobrança inicial do ex-funcionário ao clube era de R$ 1.080.164,19

O principal pedido de Bernardo Motta na Justiça do Trabalho era de reintegração da "redução salarial ilegal efetuada" entre outubro de 2018 e março de 2020, “bem como os reflexos correspondentes em 13º salário, férias, terço constitucional, FGTS, multa de 40%, aviso prévio, horas extras, RSR, adicional noturno e demais verbas pleiteadas nesta ação”, no valor de R$ 689.595,00.
 
Demitido no ano passado, Bernardo também cobrava o pagamento de horas extras excedentes à 8ª diária, ou a 44ª semanal, no valor de R$ 120.441,85.  Com todos os pedidos feitos, o valor total da causa é de R$ 1.080.164,19.

Bernardo Motta no Atlético 


Bernardo trabalhou no Atlético por 12 anos. Em 2020, o clube demitiu o funcionário durante o período de pandemia em função do coronavírus (17 de março). Na época, ele era auxiliar técnico da comissão fixa do clube.
 
Ele foi contratado pelo Atlético em agosto de 2008. Na época, ele tinha o cargo de assistente de gerência, com função de "análise técnica de jogadores e adversários, através de vídeos e DVDs, repassar informações ao departamento de futebol sobre adversários e novos atletas para contratação".
 
Em 2013, Bernardo passou a realizar trabalhos também no campo, durante treinamentos e partidas. Em janeiro de 2016, a partir da chegada do técnico Diego Aguirre, passou a realizar análise de adversários e atletas de forma presencial. 
 
Em julho de 2018, com a efetivação de Thiago Larghi no comando da equipe alvinegra, foi efetivado pelo presidente Sérgio Sette Câmara para auxiliar técnico, com aumento salarial significativo (60% na carteira e 40% ‘por fora’). Mas, com a demissão do treinador, ele teve seus vencimentos reduzidos pelo clube (em 33% e sem direitos de imagem). 
 
No entanto, Bernardo seguiu como auxiliar na comissão de Levir Culpi, mesmo com o salário menor. Em 2019, com a chegada de Rodrigo Santana, o funcionário parou de viajar para jogos fora de casa e retomou a função de analista de adversários, incluindo acompanhamento in loco das equipes. Ele ficou na função até a demissão em 2020.





Tags: atlético interiormg bernardo motta