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ATLÉTICO BICAMPEÃO BRASILEIRO

Três gols em cinco minutos: a avalanche do Atlético para ganhar o bi

Na Bahia, Hulk e Keno desferiram 'golpes' em sequência para desnortear o adversário e garantir os pontos que bastavam para a taça

postado em 03/12/2021 00:10 / atualizado em 03/12/2021 11:03

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
A trajetória de Keno nesta temporada é um espelho do roteiro seguido pelo Atlético na  épica virada contra o Bahia, ontem, pela Série A do Campeonato Brasileiro , no jogo que rendeu ao Galo um título que não vinha há cinquenta anos. O time, assim como o ano do camisa 11, começou morno. E, se o Atlético saiu perdendo por 2 a 0, Keno precisou lidar com lesões e, também, com o banco de reservas. Depois, final feliz para ambos. Os caminhos, aliás, se uniram nos dois gols que Keno fez em um espaço de quatro minutos para sacramentar a conquista.



No fim das contas, os três tentos atleticanos saíram em um espaço de quatro minutos. Hulk, de pênalti, diminuiu o marcador aos 27 minutos do primeiro tempo. Um minuto depois, Keno acertou belo chute, em sua jogada característica, levando a bola do lado esquerdo para dentro. Pancada de pé direito para empatar.

No minuto 32, Keno recebeu bola de Nathan e, da entrada da área, virou. Em meio à avalanche de gols em preto e branco, não houve tempo para que o Bahia pudesse respirar. Ameaçado pelo rebaixamento, o Esquadrão de Aço foi ficando mais grogue a cada golpe levado e não teve forças para reagir.



E, se Dadá Maravilha, autor do gol que deu ao Atlético o Brasileiro de 1971, é tratado como um herói, Keno rejeita o rótulo.

"Eu não sou herói, Deus é herói na minha vida. Tenho que agradecer a ele. No ano passado, faltaram três pontos para ser campeão. Agora, a gente batalhou bastante, um correu pelo outro, somos uma família e Deus nos honrou. E muitos davam o título para o rival ainda que tinha chance. Mas agora vão falar que nós somos campeões. E foi na minha terra, onde eu fui criado, vamos respeitar a torcida do Bahia que fez uma festa bacana, mas a gente merece bastante pela força e pela garra", disse, depois da partida.

Como diversos jogadores do elenco, o atacante de 32 anos citou a busca da torcida por um troféu que não vinha há meio século. "São 50 anos sem ganhar o título, isso é muita coisa, e agora tem que festejar porque a gente batalhou bastante".

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Nathan e Sasha, armas do banco para a virada


Assim que Gilberto anotou o segundo gol baiano, aos 20 da etapa final, o técnico Cuca lançou mão do meia Nathan e do atacante Eduardo Sasha. Eles substituiram os apagados Eduardo Vargas e Nacho Fernández.

Em campo, a dupla participou ativamente dos gols atleticanos. Sasha sofreu o pênalti que abriu caminho para a virada. Nathan, em jogada pelo lado direito, por onde já vinha caindo em lances anteriores, serviu Keno com muita tranquilidade.

Hulk também mudou ligeiramente o posicionamento com a entrada de Sasha. Pôde cair um pouco pelo lado direito e, também, voltar algumas vezes ao centro do campo para armar ataques.

Foi assim, inclusive, que começou o terceiro gol: o passe para Nathan, movimento que profissionais do futebol costumam chamar de "pré-assistência", saiu dos pés do camisa 7, que a seu estilo arrancou por alguns metros.


Festa em preto e branco: Atlético campeão brasileiro


Campeão, o Atlético tem 81 pontos no torneio nacional. O time venceu 25 de seus 35 jogos. Registrou, ainda, seis empates e cinco derrotas.

Apesar da pandemia de COVID-19, o Galo teve a torcida presente nos nove últimos compromissos disputados no Mineirão. A média de público é ligeiramente superior a 40 mil por partida. Na vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, três rodadas atrás, os 61.476 presentes quebraram o recorde do estádio desde a reabertura do Gigante da Pampulha, ocorrida em 2013.

A montagem do elenco campeão nacional começou ainda no ano passado. Com Jorge Sampaoli, vieram os primeiros reforços, mas o time bateu na trave, ficando em terceiro lugar e a três pontos do Flamengo, o vencedor.

Nesta temporada, sob a batuta de Cuca, a consagração começou a partir do acréscimo de importantes nomes. Além de Hulk, chegaram o meia argentino Nacho Fernández, o atacante naturalizado espanhol Diego Costa e o zagueiro Nathan Silva, pilar de uma sólida defesa. O Galo faz temporada de excelência.

Na Libertadores, caiu invicto na semifinal, após dois empates com o Palmeiras. Campeão estadual, o alvinegro pode alcançar a Tríplice Coroa. Isso porque disputa, nos dias 12 e 15 de dezembro, a final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR.

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