Mendes justifica "bronca" em Jadson em Santa Cruz x São Paulo: "Pedi para marcar melhor"

O lado direito do Santa Cruz foi o setor mais vulnerável do time no jogo contra o São Paulo. Visto é que os dois gols do adversário na derrota por 2 a 1, no Arruda, saíram justamente por ali. Parcela dessa instabilidade se deveu a Jadson, que tinha de fazer a cobertura do lateral Léo Moura, mas não cumpriu a tarefa com precisão. O técnico Milton Mendes até deixou de lado a sua face mais pacata à beira do gramado e cobrou do jogador de forma enérgica ainda no primeiro tempo. Justificou a “bronca”.

“Jadson foi bem contra o Grêmio (na rodada anterior). E contra o São Paulo, Mena aparecia e Jadson tentou marcar, mas as coisas não aconteceram”, disse. “Chamei Jadson e pedi para ele marcar melhor”, acrescentou. A maneira a qual o treinador se dirigiu ao volante, momentos antes do Santa Cruz sofrer o primeiro gol, na verdade foi bem mais intensa.

Mendes colocou panos mornos na situação e encarou a cobrança com naturalidade. “Jadson é um jogador que tem ímpeto de querer ganhar, como eu e como a maioria dos jogadores. Eu chamei a atenção dele. E eu estava falando uma coisa e ele contra argumentando. Normalíssimo. E é bom o jogador ter essa ideia, se não os jogadores seriam robôs, não é? Eu estava realmente me posicionando com energia porque vi que o São Paulo estava crescendo. Acho que nem fez três minutos depois daquilo e tomamos o gol.”

O treinador ainda disse que, por vezes, é necessário se despir do seu lado mais sossegado dentro da área técnica para fazer a equipe render. “Não se consegue somente ter eles sempre zen. Eles respondem e eu acho isso muito bom. Naquele momento, eu pedia uma coisa que não estava sendo feita. São coisas normais do futebol”, contou.

A entrada de Arthur no lugar de Jadson depois do intervalo também foi explicada pelo comandante, que julgou que a substituição iria fazer o Santa se atirar para o ataque em busca do empate (naquele momento, perdia o jogo por 1 a 0). “Quando eu o tirei e coloquei Arthur, ganhamos mais o nosso lado direito. Começamos o segundo tempo bem, pressionando. Coloquei Arthur para trás porque precisávamos arriscar mais.”