Santa Cruz
None

SANTA CRUZ

Não foi só Roberto Fernandes... Veja quem já trocou o Náutico pelo Santa Cruz, ou vice-versa

Casos com o do técnico, com raízes no clube, não é novidade no futebol pernambucano. Já teve outros ídolos trocando de lado

postado em 25/05/2018 09:25 / atualizado em 25/05/2018 09:29

Heitor Cunha/DP/D.A Press//Ricardo Fernandes/DP//Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Ver Roberto Fernandes usando a camisa do Santa Cruz pode ser uma cena que causa estranhamento. Afinal, o técnico tem uma ligação muito forte com o Náutico. Não apenas por já ter declarado ser torcedor do Alvirrubro, mas também porque é o terceiro treinador que mais dirigiu o Timbu. Para completar, foi ele que conduziu o clube ao título do Campeonato Pernambucano deste ano, encerrando um jejum de 13 anos. Mas esta não foi a primeira vez que um atleta ou técnico muito ligado a um clube foi parar em um rival da capital.

Em 2007, por exemplo, no meio da Série B, o Santa Cruz anunciou a contratação de Kuki. O atacante é um dos maiores artilheiros do Náutico (184 gols) e, mais do que isso, um dos grandes ídolos da história do clube. Por isso, a ida dele ao Arruda, mesmo que não tenha sido uma escolha sua, e sim um acordo entre os presidentes dos clubes na época (Edson Nogueira, pelo Santa, e Ricardo Valois, pelo Náutico), foi surpreendente. Na sua apresentação no Santa Cruz, provocado por jornalistas se ele beijaria o escudo da camisa do Santa Cruz caso marcasse um gol, ele disse que não, "em respeito ao Náutico e ao Santa Cruz". E cumpriu a promessa.
ALEXANDRE GONDIM/DP/DA PRESS//Heitor Cunha/DP/D.A Press

Houve, também, quem fizesse o caminho inverso. Tiago Cardoso, por exemplo. O goleiro foi um dos pilares (talvez o principal) do renascimento do Santa Cruz na década, sendo campeão pernambucano em 2011, 2012, 2013 e 2016 (em 2015 ele estava contundido e o goleiro foi Fred), do Nordeste em 2016 e, conseguindo s acessos das Séries D para a C, em 2011, da C para a B, em 2013, e da B para a A, em 2015. No ano passado, após deixar o Tricolor sendo criticado pela torcida na Série A, ele se transferiu para Náutico. Disputou o Pernambucano e o início da Série B. Depois pediu para sair.
Gil Vicente/DP/D.A Press//Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Nílson, em 2004, foi outro goleiro que "virou a casaca", mas de tricolor para alvirrubro. Logo ele, que, quando defendia o Santa Cruz, era xingado pela torcida alvirrubra. Mas ele conseguiu, nos Aflitos, algo que não fez no Arruda: foi campeão. Bita, por outro lado, o maior artilheiro da história do Náutico, com 223 gols, também trocou de camisa. E, pelo Santa Cruz, foi campeão pernambucano em 1972. Sinais de que, no futebol, a paixão ou a identificação por um clube não impede jogador ou técnico de trabalhar em um rival. O profissionalismo está em primeiro lugar.
Rodrigo Silva/Esp.DP/D.A Press//Mandy Oliver/Esp.DP