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Elenco do Sport se blinda para não deixar salários atrasados afetarem rendimento do time

Um dos líderes do grupo, Michel Bastos cobra principalmente o pagamento dos funcionários do clube, mas alega reconhecer esforço da direção

postado em 13/11/2018 20:18 / atualizado em 13/11/2018 20:19

Williams Aguiar/Sport Club do Recife
Com um aproveitamento de 61,9% dos pontos disputados desde a chegada do técnico Milton Mendes, o elenco do Sport tem conseguido deixar de lado os problemas extracampo. Com a promessa da diretoria que irá quitar suas dívidas com jogadores e funcionários até o final da Série A, atletas tem buscado fazer a sua parte. Junto a isso, vem a cobrança principalmente por aqueles que mais necessitam, como os funcionários do clube e os atletas da casa que subiram há pouco tempo para o profissional. O meia Michel Bastos, que tem seus vencimentos pagos pelo Palmeiras, clube a qual pertence, admite que também sente a má situação financeira do Rubro-negro.

“Nunca passei por uma situação dessa, não vou mentir. Passo junto com os atletas essa situação. Mesmo sabendo que sou pago pelo Palmeiras, mas vejo os funcionários, mesmo com os salários atrasados, vindo, trabalhando e nos ajudando. A gente depende deles. Sem os funcionários, sem o pessoal que trabalha dentro do clube, a gente não tem uma roupa limpa, uma chuteira própria para trabalhar, a gente não consegue se alimentar já que tem o cozinheiros. São pessoas que amam o clube de coração e vêm aqui todo dia. Lógico, sabendo dessa necessidade que a gente depende de dinheiro para sobreviver, e os atletas têm consciência que mesmo com essa situação difícil, é o nosso trabalho. Então a gente não pode relaxar”, falou.

“A gente sabe que o clube vem fazendo um esforço muito grande para conseguir quitar essas dívidas que tem com os atletas e funcionários. Sabemos que hoje não só o Sport, mas vários clubes do Brasil passam por uma situação difícil. Lógico, a gente cobra a diretoria, mas de uma maneira bem sensata, para passar a situação de que muita gente, muitos funcionários e até atletas necessitam porque tem familiares. Mas sempre entendendo que eles estão fazendo da melhor forma para poder quitar essas dívidas tanto com os funcionários, como com os atletas”, acrescentou. 

Desde o final de 2017, o Sport tem convivido com problemas financeiros. No balanço do ano passado, o clube alegou déficit de 18 milhões de reais, o que contribui para que a ‘bola de neve’ siga gerando reflexos nesta temporada. Contudo, faltando menos de um mês para o campeonato, Michel Bastos, que é uma das lideranças do elenco leonino, garante que, se antes não atrapalhou em campo, não será agora que irá afetar o rendimento do time. 

“A gente convive com isso já tem um bom tempo, não é de agora e resta menos de um mês para o campeonato acabar. Lógico que melhor são as coisas entrando nos eixos e o clube tentar da maneira possível quitar suas dívidas, mas esse problema não vem de agora e isso dentro de campo nunca foi um problema para o nosso grupo. É um grupo que vive muito bem, jogadores muito profissionais que respeitam seu trabalho e isso não vai mudar”, finalizou o experiente meia.