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Com Sport na Série B, presidente da FPF tenta melhorar cota de TV em reuniões no Rio

Evandro Carvalho ficou da quarta até esta sexta-feira buscando soluções junto a CBF para melhorar montante pago a cada clube, cerca de R$ 8 milhões

postado em 14/12/2018 18:14 / atualizado em 14/12/2018 19:16

Ricardo Fernandes/DP
Com a queda para a Série B, o Sport sofrerá com um buraco nas contas. Principal fonte de arrecadação rubro-negra, as cotas de televisão, inicialmente, cairão de R$ 35 milhões, recebidos nesta temporada, para um valor próximo a R$ 8 milhões referentes à TV aberta. Uma diferença que chega a 88,2% do valor praticado em 2018. Diante desse abismo, os clubes da Segunda Divisão começam a se movimentar nos bastidores para tentar novas fontes de receitas com os direitos de transmissão e já debatem com a Confederação Brasileira de Futebol e representantes do Grupo Globo, segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho.

O gestor, inclusive, esteve no Rio de Janeiro da quarta até esta sexta-feira para avaliar novas opções que possam melhorar o quadro financeiro da competição. O ano de 2019 inaugura uma nova distribuição do montante pago pela TV para os times que disputam a Série B. Todos que têm contrato com a emissora receberão valores iguais para que os jogos sejam transmitidos. A TV fechada, inicialmente, não terá custo extra.

“A Série B tem uma cota fixa, permanente, e que é comum a todos os clubes. O que existe é uma discussão se vai abrir algum extra em relação ao Pay-per-view. É uma tratativa que ainda está se desenrolando. O que tem de certo é que todo mundo vai receber igual da TV aberta. O restante está se buscando aumentar, mas, até agora, está em negociação”, disse Evandro Carvalho.

Segundo o presidente da FPF, a saída é conseguir ampliar valores de patrocínio da competição. “A Série B tem um custo muito alto de passagem, hospedagem, alimentação, transfer… Esse dinheiro gasto consome praticamente tudo. O que sobra são esses R$ 7, R$ 8 milhões para cada um. Quando você quer aumentar esse valor é preciso que se aumente o patrocínio porque 90%, 87% do que se arrecada vai para esse custeio. É preciso ter aumento de receita para ter aumento de cota”, declarou.

Se não fosse rebaixado 

Ao cair para a Sèrie B com um ponto de diferença para o Vasco, o Sport perdeu, na verdade, um valor ainda maior em relação aos direitos de transmissão. Assim como na Série B, a Primeira Divisão também mudou o sistema de pagamento aos clubes. A partir de 2019, será depositada uma taxa de 40% fixa, com 30% baseado na audiência e outros 30% conforme a posição na classificação do campeonato anterior.

Assim, o Rubro-negro receberia R$ 26,120 milhões do montante comum para todos os times além de R$ 9.328,570 milhões, caso tivesse terminado em 16º lugar, junto a algo em torno de R$ 10,5 milhões pela audiência. Assim, a conta bancária, em uma projeção não oficial, seria abastecida com um valor próximo a R 46 milhões.