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João Martorelli e Arnaldo Barros entram com ação na Justiça contra membros do Conselho

A interpelação judicial pede explicações e o retratamento imediato por conta de relatório que os acusa de má gestão

postado em 05/09/2019 15:23 / atualizado em 05/09/2019 15:54

<i>(Foto: Ricardo Fernandes/DP)</i>
Após serem acusados de má gestão, suspensos do quadro de sócios e verem o conselho deliberativo aprovarem a abertura de processos administrativos, os ex-presidentes do Sport, João Humberto Martorelli e Arnaldo Barros resolveram contraatacar. Nesta quinta-feira, os dois ex-mandatários entraram com uma interpelação judicial na Vara Criminal da Comarca do Recife contra os membros da comissão que preparou o relatório analisado conselho. A ação pede explicações e o retratamento imediato por parte de membros do conselho que subescreveram o documento com acusações sobre os ex-dirigentes. 

Em nota enviada à imprensa por meio de assessoria, Martorelli e Arnaldo Barros alegam que houve "manipulação maliciosa de dados, bases técnicas inconsistentes, dados falsos ou adulterados no relatório". Com isso, os dois ex-presidentes também deverão entrar com ações penais e civis por reparação de dano moral, também estendidas "a outros responsáveis pelas falsas acusações, além dos integrantes da comissão." Os dois estão sendo defendidos pelo escritório paulista Silveira & Salles Gomes Advogados.

Ainda segundo os ex-presidentes, em nota, o relatório apresentado pelo conselho deliberativo do Sport "traz informações distorcidas e interpretações contábeis que não correspondem à realidade". “Uma manipulação grosseira de dados com acusações levianas e infundadas.”

De acordo com a defesa dos ex-presidentes, ao assumir o Sport em 2013, Martorelli encontraram a quantia de R$ 50 milhões em impostos não reconhidos no período de 1992 e 2013, exceção feita nos anos de 2011 e 2012. Com isso, esses valores nunca haviam constado no balanço financeiro do clube. E por conta desses débitos, o clube não tinha sequer conta bancária.

Para pagar dívidas tributárias, Martorelli alega que ingressou o Sport no Refis e que, com isso, as dívidas tributárias, cíveis e trabalhistas passaram a integrar o balanço do clube, aumentando o passivo registrado, mas construídos em administrações passadas. Prática seguida por Arnaldo Barros. 

Com isso, segundo os ex-presidentes, "o aumento de passivo e a consequente diminuição do patrimônio líquido não decorrem de dívidas assumidas pelas gestões de Martorelli e Arnaldo, mas de dívidas cuja existência era sonegada ao conhecimento dos sócios, torcedores e sociedade em geral." 

Além desse dado, "todos os outros constantes do Relatório são, de acordo com as interpelações, falsos, adulterados, ou manipulados, prestando-se, unicamente, para dar margem às injustas e infundadas acusações", finalizou a nota distribuída à imprensa. 

Resposta do Conselho 

O Superesportes entrou em contato com o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Ricardo de Sá Leitão, que afirmou que as interpelações são de caráter pessoal e têm como objetivo a retratação dos membros da Comissão responsável pela análise do balanço. Além disso, ele ainda coloca que a ata da reuníão do último dia 12 será submetida aos conselheiros do clube na próxima terça-feira e assim que esta for lavrada, serão tomados os encaminhamentos propostos.