O pedido foi protocolado junto ao Conselho Deliberativo do Sport, recebido pelo vice, Ricardo de Sá Leitão, que está responsável pelas atividades desde o afastamento do então Presidente Fernando Pessoa.
"O Conselho entende que seria interessante para permitir que o novo presidente tenha tempo. Se o presidente eleito puder tomar posse ainda antes de 2021, ele terá tempo hábil para contratar atletas e imprimir a sua marca no futebol, tomar pé da situação do clube. O presidente já manifestou a concordância da antecipação. Ele concorda em passar o bastão até antes de janeiro, que é normal estatutariamente acontecer em janeiro”, aponta o vice do Conselho.
Ainda de acordo com Ricardo Sá, o fato das eleições municipais serem adiadas no país inteiro o caso não se aplica ao processo do clube, uma vez que o Sport goza de autonomia como associação civil. "Sim! O período em que vivemos é completamente atípico. A única pessoa que poderia se opor seria o próprio presidente Milton, que tem o direito adquirido de permanecer no cargo até janeiro. Ele próprio se manifestou favorável e a ideia partiu dele. Não se aplica às associações civis as regras de periodicidade do direito eleitoral, e os sócios são soberanos”, completa.
Com isso, a previsão do Conselho é que Assembleia Geral dos sócios seja convocada para deliberar ainda neste mês de setembro. A partir disso, os candidatos e suas respectivas chapas a serem inscritas terão cerca de um mês para apresentar as propostas de governo. A data do pleito, no entanto, não tem definição, mas é projetada para o final de outubro ou início de novembro.
Entre os protestantes do cenário, o pré-candidato ao Executivo, Eduardo Carvalho, questiona o processo e promete ingressar na Justiça para impedir a antecipação. O que para Ricardo Sá é visto como danoso para o Sport. “Qualquer cidadão pode pleitear em juízo, a nossa Constituição permite isso. Basta pensar que sofreu uma lesão, e se ele quiser, tem o direito. Ele pode publicamente mobilizar os sócios para votarem contra, eu não vou me opor a isso, mas não vejo muita margem para sucesso””, aponta, antes de comentar.
“Também já ouvi falar que ele (Eduardo Carvalho) queria impugnar o processo do novo estatuto também, o que seria um desserviço hoje ao Sport. E qualquer pessoa que se oponha ao processo do estatuto não merece ser prestigiado no cenário político do clube”, concluiu.