Felipão repete discurso de fatalidade e defende trabalho desenvolvido pela CBF

Pouca coisa mudou na cabeça da comissão técnica da Seleção Brasileira um dia depois da humilhação sofrida diante da Alemanha. Nesta quarta-feira, já na Granja Comary, uma nova entrevista coletiva foi concedida por Felipão, que teve a companhia de todos os profissionais da sua comissão. As palavras foram praticamente as mesmas.

A derrota continuou sendo atribuída ao apagão de “seis minutos”. A estrutura do futebol brasileiro permaneceu intacta, sem autocrítica, assim como o trabalho de base foi elogiado. Uma noite de sono talvez não tenha sido suficiente para que Felipão repensasse a posição do dia anterior, mesmo após a reunião que sempre acontece após os jogos, envolvendo toda a comissão técnica.

O discurso só não foi exatamente o mesmo porque Felipão chegou a admitir que ele mesmo sofreu uma “pane” no período em que a Alemanha consolidou, em seis minutos, a goleada sobre o Brasil. “A pane foi da comissão técnica também, foi geral. Ninguém entendia aquilo ali e e a Alemanha aproveitou. Não tenho como explicar, não vou justificar”, argumentou Felipão.

O futuro de Felipão na Seleção continua em aberto. Ele não quis comentar se fica ou não. Desviou do assunto falando que pensa na decisão de terceiro lugar, no sábado. É o novo “sonho”, pelas palavras do treinador. “Isso é um assunto que não passa pela minha cabeça agora. Nem antes da competição, quando havia até alguma colocação do presidente. Eu disse a ele, vamos deixar jogar, vamos deixar ver o resultado para decidirmos o que vamos fazer da nossa vida”, afirmou Felipão. “O jogo de sábado passou a ser o nosso sonho agora, que deixamos de sonhar com o título”.