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Novo gerente da base do Náutico, Carlos José valoriza integração da comissão técnica

Gestor assume coordenação da base alvirrubra após oito anos na direção de futebol do Salgueiro

postado em 06/12/2019 07:35 / atualizado em 05/12/2019 19:45

(Foto: Léo Lemos/CNC)
Talvez não seja exagero chamar o novo gerente das categorias de base do Náutico, Carlos José, de um dos nomes mais experientes dos bastidores do futebol pernambucano. Depois de trabalhar por nove anos nas base do Sport e oito como diretor do Salgueiro, ele acertou com o clube dos Aflitos na última semana e já está acompanhando a equipe nas finais da Copa Pernambuco. Em entrevista exclusiva ao Superesportes, Carlos revelou detalhes de sua saída do Salgueiro e valorizou o trabalho feito na base do Náutico.

Se mostrando satisfeito com o nível dos profissionais da base alvirrubra, Carlos revelou já conhecer o perfil e a capacidade deles, sendo isso, inclusive, algo que o motivou a ir para o Náutico. Buscando um bom trabalho de base e um melhor nível de captação, o novo gerente timbu valorizou o processo de integração existente entre o profissional e a base.

“Aqui existe essa integração junto com o profissional, a gente tem hoje comissão do profissional integrada com o departamento de base, sempre observando, e isso é muito interessante, porque já está no estatuto do clube para o uso de 25% da base, então isso torna o Náutico um clube onde desperta interesse de atletas para vir vestir a camisa”.

Com experiência de trabalho com categorias de base, Carlos José desmentiu qualquer dificuldade em trabalhar com jovens, apesar de ressaltar ser uma experiência diferente de um trabalho com profissionais.

“A gente tinha uma rotina sempre tratando com atletas profissionais  e, hoje, o tratamento é com categorias diferentes, com Sub-15, Sub-17, a linguagem muda um pouco, porque você está trabalhando com jovens, então vai mudar a metodologia de trabalho para colher os frutos. Não está sendo difícil para mim, porque eu já trabalhei com base e coordenava, junto com os que estão hoje no Salgueiro, também a base. Então, não tem dificuldade nenhuma”.

Com a temporada 2020 aflorando na Rosa e Silva, Carlos José ressaltou confiança numa ampla utilização dos jovens na equipe principal do Náutico, visando manter o bom aproveitamento que o clube vem tendo nas últimas temporadas.

“O aproveitamento da base no profissional já vem sendo grande. A gente vai manter esse aproveitamento, mas aumentando ainda mais. A gente vê vários atletas com condições de já estar no elenco profissional, o trabalho está sendo forte no Sub-20, que está disputando a Copa Pernambuco. Atletas que tem condições já de estar no elenco profissional, que estão sendo observados no dia a dia pelo professor Gilmar e toda sua comissão. Então, agora, os atletas, vendo isso, é se empenhar ao máximo nas competições, nos treinamentos, porque a oportunidade dele virá logo, logo”. 

A SAÍDA DO SALGUEIRO

(Foto: Divulgação/Salgueiro)
Demonstrando uma saída pacífica do clube sertanejo, ele creditou o fim de ciclo em Salgueiro exatamente como decorrência do convite do Náutico, que ele recebeu através de Diógenes Braga e Ítalo Rodrigues, velhos conhecidos de Carlos José. Ele também ressaltou o bom trabalho de base do Náutico como um chamariz. Logo após encerrar uma passagem vitoriosa de oito anos no Salgueiro, Carlos se mostrou grato ao que conquistou. 


“A gente juntou as nossas forças e tivemos um bom legado em Salgueiro, com grandes conquistas, a equipe cada dia mais se profissionalizou no Salgueiro, tivemos dois vices-campeonatos (pernambucanos) nesse período, participamos de seis Copas do Brasil, cinco Copas do Nordeste, o trabalho foi bastante sólido no Salgueiro”.

No ato de sua saída, Carlos José publicou uma carta de agradecimento destinada ao povo de Salgueiro. No texto, ele lembrou do crescimento do Salgueiro, consolidada como “segunda equipe” dos pernambucanos. No período de trabalho no Carcará, Carlos foi agraciado com o título de cidadão salgueirense.

“Não me sinto o pivô de tudo, mas orgulhoso de fazer parte de uma equipe de profissionais competentes  e dedicados no exercício de suas funções que contagiavam os parceiros, motivavam os atletas, que, por conseguinte, fazias a torcida ir ao delírio ao exibir um primoroso espetáculo futebolístico, verdadeiro trabalho de equipe”.

O Salgueiro também lançou uma carta para agradecer aos serviços prestados por Carlos. “Voe alto como nosso Carcará, lembrando dos ensinamentos que, em nossa trajetória, compactuamos, quer nos momentos bons, quer nas dificuldades, essas que o transformaram, com sua capacidade, no executivo de futebol, restando-nos estender nossos agradecimentos”.
 

'Investimento'

Vice-presidente do clube e homem forte do futebol, Diógenes Braga explicou como foi a rápida negociação com o dirigente. De acordo com ele, é uma qualificação nível profissional inserido nas categorias de base. 

"É um profissional que dispensa comentários, que fez um trabalho brilhante nas categorias de base do Sport, numa época que o Sport revelou muitos atletas. Depois foi para o Salgueiro, fez quase uma metamorfose lá, chegou a colocar o Salgueiro numa Série B. É um profissional altamente capacitado e uma pessoa referendada. Surgiu o interesse do Náutico em, caso ele optasse por vir a Recife, teríamos esse interesse. Então a gente conversou e muito rapidamente acertamos”, pontuou. “É um investimento, realmente, nas estruturas das categorias de base. Um profissional que a gente entende, realmente, que pode potencializar muito os resultados da base em relação a revelação de atletas, a desempenho técnico dentro de campo. Enfim, um profissional de nível de qualificação profissional colocado para fazer uma coordenação de futebol de base", concluiu.