COPA EM BRASÍLIA

Brasília à espera da invasão hermana: Argentina enfrenta a Bélgica no sábado, no Mané

Hermanos já ocuparam Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo. Agora é a vez de a capital receber um jogo de Messi e companheiros

Carlos Moura/CB/D.A Press.

A autoestima alta é uma das características dos argentinos. Ela foi confirmada ontem pelos brasilienses. Muitos torcedores vieram à capital federal para a partida do próximo sábado — data do jogo de quartas de final da Copa — confiantes na vitória da seleção de Messi e Cia. diante da Suíça. Em um shopping da cidade, alguns assistiram ao jogo de ontem e respiraram aliviados com o gol do meia Ángel Di María, quase no fim da prorrogação. Assim, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha será palco do duelo entre a Argentina e a Bélgica.

Como nas outras cidades em que a seleção argentina jogou, a capital deve se preparar para uma invasão de torcedores do país, além dos que já se encontram por aqui. Ainda há o fato de existir um voo direto de Buenos Aires para Brasília. Houve problemas de hospedagem, por exemplo, no Rio de Janeiro. Lá, chilenos e argentinos tiveram que ser retirados das praias de Copacabana e Ipanema e foram levados até o Terreirão do Samba.

Para a partida de ontem, em São Paulo, a expectativa era de que 70 mil argentinos viajassem até a cidade. Com tanta gente, o governo teve dificuldade para encontrar um lugar onde eles pudessem acampar, tendo em vista que muitos vieram em motorhomes e de carro. O jeito foi colocá-los no Sambódromo do Anhembi e no Autódromo de Interlagos (Leia mais no quadro). Procurada, a Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa) do Distrito Federal informou que vai divulgar nos próximos dias um plano para hospedar os hermanos na capital.

Esperança

Quem já está aqui acredita na força argentina. O casal Diego e Eva Iribar tem ingressos para o duelo e acredita que o time pode chegar à final e sagrar-se campeão. “Até 30 minutos do segundo tempo, eu não saberia dizer se a equipe tinha chances. Agora sim, eu acredito”, comentou Diego, 38 anos, ao lado do filho Lucas, de 2 anos. Sobre um possível embate com a Seleção Canarinho, o argentino morador de Vancouver, no Canadá, prefere não arriscar um palpite. “A Argentina pode ganhar, mas, por outro lado, o Brasil joga em casa”, avaliou. Já para a argentina Eliana Bettio, 26, a vitória do time do coração é certa. “O jogo foi muito difícil, mas já somos campeões”, afirmou ela, que assistiu à partida com um grupo de amigos.

Mas nem todo argentino está tão empolgado assim. Nascido na Austrália, o estudante Abel Jiménez, 22 anos, veio sozinho ao Brasil. Ele chegou para a Copa do Mundo em 17 de junho e assistiu à partida contra o Irã, no Mineirão, em Belo Horizonte, antes de se instalar na capital federal. O jovem disse não estar gostando do desempenho do time argentino. “Estão jogando mais ou menos”, opinou Abel, que está hospedado em uma casa de brasileiros enquanto desfruta do Mundial.