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Universo/Brasília busca patrocinador para se manter na próxima temporada

Time do DF teve contrato interrompido durante a disputa do NBB, enfrentou atrasos salariais e, agora, precisa encontrar novo apoiador financeiro para participar do campeonato nacional de 2020

postado em 23/04/2019 08:00 / atualizado em 23/04/2019 12:15

<i>(Foto: Victor Lira/Bauru Basket
)</i>
A dolorosa eliminação para o Corinthians nas oitavas de final do Novo Basquete Brasil (NBB) marcou o fim da temporada do Universo/Brasília. A expectativa é de que os jogadores voltem às quadras em outubro para os próximos jogos do campeonato nacional. Para evitar o início ruim, como ocorreu na atual edição do torneio, o elenco planeja começar os preparativos três meses antes da estreia. No entanto, um patrocinador master ainda é procurado pela diretoria para arcar com os custos da folha salarial.

As seis derrotas em sequência no começo desta temporada é uma das dificuldades que o treinador André Germano e a comissão técnica pretendem ajustar para o início do NBB 12. “Demoramos na montagem da equipe. Sabíamos que haveria dificuldade nos primeiros jogos. Por isso, não entramos de férias, estamos correndo atrás do planejamento para voltar afiados nas primeiras partidas”, disse o técnico.

Destaque do time na temporada regular e decisivo em muitas partidas, Nezinho teve média de 7,36 assistências por partida, ocupando a terceira colocação neste fundamento na Liga. O armador de 38 anos não sentiu a sequência de 29 partidas do NBB. “Estou feliz em quadra, passei toda a temporada sem dores, jogando muito bem. Tenho mais um ano de contrato e quero ficar. Quero uma temporada 2019/20 melhor do que a que eu fiz, tanto individualmente quanto para a equipe”, disse o armador e capitão do time. 

Grande parte do elenco formado no ano passado firmou contratos de duas temporadas com a diretoria do Universo/Brasília, incluindo a comissão técnica. Como divulgado pelo Correio, a equipe passou por atrasos de salários, que chegaram a três meses. A Caixa Econômica era o patrocinador master do time. No entanto, o novo governo federal determinou o corte do apoio. Com isso, a folha salarial, 100% paga pelo banco, ficou pendente. A situação foi resolvida, mas há necessidade de encontrar um financiador para o time.

“A diretoria está correndo atrás de um patrocinador master. Estamos pensando em contratações pontuais em posições carentes no elenco, mas o principal é a manutenção de todo mundo que esteve conosco”, disse o técnico André Germano. 

Apesar de desejar a manutenção do elenco, Germano pode perder jogadores importantes no garrafão. Windi Graterol, ala pivô venezuelano, postou em rede social a apresentação no Boca Juniors-ARG. O jogador fechou um contrato curto com o time argentino, até a volta dos treinos do Universo/Brasília. 

Outro atleta importante dentro do garrafão foi Ronald Reis. Criado no extinto time do UniCeub, o pivô tem o futuro ainda incerto. Pego em exame antidoping em 2016, Ronald conseguiu liminar para entrar em quadra pelo Universo em algumas partidas. 
“Hoje estou liberado, os tribunais estão resolvendo minha situação. Ainda não sei sobre a minha permanência. Quero ver o que a diretoria vai conseguir de patrocínio, vou conversar com eles para acertarmos meu futuro”, contou o pivô de 27 anos.
 
 
<i>(Foto: Dikran Júnior/Divulgação
)</i>

Balanço e lições

 
Após a capital do país ficar um ano sem jogos do Novo Basquete Brasil, o Universo/Brasília confirmou participação há pouco menos de um mês para o início da competição. Sem entrosamento e ritmo de quadra, os primeiros jogos foram de pouca produção.

Com um início desanimador e uma sequência de seis derrotas seguidas, a torcida não tinha expectativas de playoffs para 2018/19. “Foi um ano duro. Porém, peguei um elenco muito profissional. Jogadores experientes dedicados e os jovens com vontade de aprender. Dava para chegar mais longe, mas serve de aprendizado”, disse o técnico André Germano.

Onze vitórias, 18 derrotas e a 10ª posição foi o resultado para o Universo/Brasília na fase de classificação. “A gente queria ir longe, mas era um passo de cada vez. Sempre focamos nos playoffs”, comentou Ronald. “O balanço da temporada foi bom, mas poderia ter sido muito melhor”, completou Nezinho. 

*Estagiário sob a supervisão de Fernando Brito