Futebol Internacional
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COPA AMÉRICA

Torcida chilena invade São Paulo e celebra goleada sobre o Japão por 4 x 0

No início da caça ao tricampeonato, chilenos colocam mais de 20 mil pagantes no Morumbi

<i>(Foto: Marcos Paulo Lima / DAPress)</i>
 
São Paulo — A combinação é quase perfeita para turistas apaixonados por futebol: Chile com a melhor economia do continente e uma seleção bicampeã da Copa América contra a Argentina de Messi, em 2015 e 2016. Resultado: na tarde desta segunda-feira (17/6), a Avenida Paulista, a linha amarela do metrô no sentido Terminal São Paulo-Morumbi e os arredores da arena foram invadidos por uma onda vermelha. Eram os torcedores do Chile a caminho do início do sonho do tri. Eles não lotaram o estádio na goleada por 4 x 0 sobre o Japão — convidado pela segunda vez a participar do torneio. A outra aconteceu em 1999, no Paraguai. Foram 23.253 pagantes. Porém, fizeram mais barulho do que o público de teatro da Seleçào Brasileira no jogo de abertura. 

No ano passado, a economia do Brasil cresceu 1%. A do Chile, 4%. A taxa de desemprego na terra de Alexis Sánchez é de 7% e a inflação, 2,4%. Com grana no bolso, os chilenos andavam pra lá e pra cá devidamente uniformizados. Alguns, puxavam mala à procura do hotel. Outros batiam perna para o tempo passar.  

Torcedor da Universidad Católica, Jaime Barraza, de 24 anos, encarou cinco horas de voo de Santiago a São Paulo. No Brasil, seguirá La Roja em um ônibus lotado com outros compatriotas. "Está tudo pago. Vou de São Paulo para Salvador ver o jogo contra o Equador e de lá seguiremos para o Rio. O jogo mais difícil será contra o Uruguai", prevê, cheio de fé. "Não sei para onde iremos nas quartas nem nas semifinais, depende da classificação, mas nós chegaremos à final pela terceira vez", aposta. 

A empolgacão dos chilenos contagiou vendedores ambulantes. Até três horas antes da partida, o boliviano radicado em São Paulo, Juan Carlos Millan, havia comercializado 20 bandeiras. Cada uma custava R$ 20. "Estou indo buscar mais", disse apressadamente, enquanto a ajudante negociava chapéus com os "hinchas".
 
<i>(Foto: Nelson Almeida / AFP)</i>
 
Ao menos ontem, o esforço valeu a pena. O Chile abriu o placar contra o Japão com um gol de cabeça de Pulgar, uma das apostas do técnico Reinaldo Rueda desde que assumiu o cargo. Assim como a Bélgica nas oitavas da Copa da Rússia, Aránguiz explorou o ponto fraco do Japão. Alçou a bola na área e o volante de 1,87m testou para fazer 1 x 0. 

Eduardo Vargas ampliou no início do segundo tempo de fora da área após passe de letra de Vidal. Dúvida para a partida, a estrela da companhia, Alexis Sánches, ampliou com uma cabeçada no ângulo depois de um cruzamento de Aránguiz. Varga ainda fez o segundo dele encobrindo o estabanado goleiro Osako após passe de Sánchez. Com o triunfo, o Chile completou 13 jogos sem perder na Copa América. O último revés foi nas quartas de final de 2011.   


FICHA TÉCNICA

0 JAPÃO (3-4-3)
Osako; 
Tomiyasu, Ueda e Nakayama
Shibasaki, Hara, Kubo e Sugioka;
Maeda (Miyoshi), A. Ueda (Okazaki) e Nakajima (Abe)
Técnico: Hajime Moriyasu

4 CHILE (4-3-3)
Arias;
Isla, Medel, Maripan e Beausejour;
Pulgar, Aránguiz e Vidal (Pablo Hernández);
Fuenzalida (Opazo), Vargas e Alexis Sánchez (Junior Fernandes)
Técnico: Reinaldo Rueda

Gols: Pulgar, aos 40 minutos do primeiro tempo; Vargas, aos 8, Alexis Sánchez, aos 36, e Vargas, aos 37 minutos do segundo tempo.  
Cartões amarelos: Nakayama, Hara (Japão) / Opazo (Chile)
Público: 23.253 pagantes 
Renda: R$ 4.705.020
Árbitro: Mario Diaz de Vivar (Paraguai)