Por irregularidades no Brasília, STJD dá título da Copa Verde para o Paysandu

Por atuar na Copa Verde com jogadores em situação irregular, o Brasília perdeu o título da Copa Verde para o Paysandu. A decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportida, na tarde desta segunda-feira (28/7), condena o clube candango, por ter escalado jogadores que não constavam no Boletim Informativo Diário, o BID, da Confederação Brasileira de Futebol, até o prazo limite previsto no regulamento. Ao Brasília, ainda cabe recurso.

O lateral-direito Fernando, o zagueiro Índio, o meia Gilmar e o atacante Igor eram os atletas sem inscrição regularizada, segundo o STJD. Os quatro foram relacionados para a decisão da Copa Verde, no Mané Garrincha, no último dia 21 de abril, quando o Brasília venceu o Paysandu nos pênaltis. A denúncia oficial foi feita pelo procurador-geral do STJD Alessandro Kishino, em 18 de junho.

Logo após a denúncia, o julgamento foi marcado para 15 de julho, mas o Brasília se antecipou e apresentou novos documentos dos quatro jogadores. O STJD adiou o julgamento e a CBF chegou a assumir a culpa, aprensentando documento em que constaria a regularização dos jogadores, mas de nada adiantou. Na tarde desta segunda-feira, a decisão contra o Brasília foi unânime. Agora, o time candango tem prazo de três dias para entrar com recurso no Pleno do Tribunal, já que o julgamento de ontem foi em última instância.

 

Segundo o gerente de futebol do clube, Régis Carvalho, o Colorado brasiliense vai entrar com recurso. "Fomos pegos de surpresa. Não imaginavamos que teria esse resultado, porque não fizemos nada irregular. Agora, vamos nos reunir e ver qual será a melhor defesa, mas temos certeza de que vamos ganhar. Estamos surpresos, mas tranquilos" disse. Carvalho acredita em uma mudança no resultado e reintera a posição do clube quanto à regularidade dos jogadores. "Eles só tiveram contrato renovado, não saíram do BID em nenhum momento. Além disso, a CBF já tinha enviado nota atestando o erro."

 

O presidente do Brasília, Luís Carlos Alcoforado, se indignou com a decisão do STJD. "Não podemos confiar muito nas institutições brasileiras. Essa é uma decisão injusta, absurda, contra prova documental. Posso provar que o jogador foi registrado corretamente e no prazo legal", afirmou em contato por telefone com a reportagem do Correio.