A tentativa de assalto à van da Sauber aconteceu mais distante do autódromo, em comparação ao ataque ao carro da Mercedes. O veículo da equipe suíça, que contou com o brasileiro Felipe Nasr no ano passado e em 2015, estava numa área sem a presença ostensiva da polícia na noite deste sábado, por volta da meia-noite.
O episódio foi confirmado por Ruth Buscombe, uma das principais dirigentes da equipe, que estava dentro do carro. Responsável pela estratégia de engenharia da Sauber, Buscombe relatou que a van foi atingida propositalmente por um carro e havia outro por perto, à espera para completar a ação criminosa.
"Tenham cuidado ao deixar o circuito mesmo com o reforço policial. Acabamos de ser atingidos por um carro que tentava nos parar. Havia outro logo à frente. Estávamos saindo do autódromo muito tarde.
O episódio aconteceu 24 horas depois de ações criminosas atingindo pessoas envolvidas com o GP do Brasil. Perto do autódromo, uma van com integrantes da Mercedes sofreu assalto logo após deixar o circuito. Pertences pessoais foram roubados, como passaportes, celulares, relógios e dinheiro. Tetracampeão mundial, o inglês Lewis Hamilton chegou a protestar contra a falta de segurança nas redes sociais.
Antes, duas tentativas de assalto foram frustradas na mesma noite. E tinham como alvo uma van da Williams e um veículo da FIA, que escapou em velocidade por ser blindado. Os episódios geraram indignação no paddock da Fórmula 1 ao longo do sábado. Dirigentes da Mercedes cobraram a organização do GP brasileiro e até a FIA por mais segurança.
A reclamação fez a polícia disponibilizar escolta especial para os veículos da Mercedes desde o início de sábado. A Polícia Militar elevou o efetivo para 700 integrantes para os arredores do GP. E o policiamento era claramente ostensivo na saída do autódromo, na noite deste sábado, com diversos carros e postos nas principais vias de acesso ao circuito paulistano.
Além disso, o policiamento foi estendido de forma permanente do início de sábado até o começo da madrugada de segunda-feira, com reforço ainda maior em momentos considerados "de pico", para coincidir com a saída do público e das equipes do autódromo neste domingo.
Cautelosa, a FIA emitiu comunicado pedindo mais cuidado das equipes e jornalistas durante o GP do Brasil. "Gostaríamos de lembrar a todos que tomem as medidas de precaução necessário ao se dirigir ao circuito ou partindo dele, principalmente nos arredores mais próximos do Autódromo José Carlos Pace", afirmou a entidade.
A FIA chegou a aconselhar que depois da saída do circuito fossem removidos das vans adesivos ou sinais que façam referência ao GP. "Recoloquem os passes de estacionamento somente após entrar no circuito", disse a entidade, ao aconselhar medida de segurança..