A tradicional família do automobilismo diz adeus de forma melancólica, afinal esteve bem longe de encerrar com chave de ouro a vitoriosa história escrita ao longo de décadas. Nicholas Latifi foi o melhor colocado da equipe neste domingo, cruzando a linha de chegada na 11ª posição. Seu companheiro George Russell foi apenas o 14º lugar. Hoje a equipe ocupa a última colocação do Mundial de Construtores, sem somar sequer um ponto.
Desde 1977 até hoje, foram 110 vitórias, sete títulos mundiais de pilotos e nove campeonatos de construtores. A Williams também teve seu nome marcado no automobilismo do Brasil, já que foi a casa de nomes como Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Felipe Massa.
A escuderia marcou a modalidade por levar a primeira mulher a um pódio em 1986 com Virginia "Ginny" Williams, além de ter uma marca no domínio tecnológico nos anos 1990 após parceria com a Renault. A Williams ficou marcada também pela tragédia em Ímola, em que Senna acabou morrendo após bater no muro da curva Tamburello durante o GP de San Marino.
Em séria crise financeira, a empresa pediu empréstimo no mercado de R$ 320 milhões nesta temporada. Ano passado, teve prejuízo de 13 milhões de libras (cerca de R$ 86 milhões) - em 2018, no entanto, teve lucrado 16 milhões de libras (R$ 106 milhões).
A venda, segundo Claire Williams, garante o funcionamento e o futuro da organização em um longo prazo. "É o fim de uma era para a Williams como uma escuderia familiar (...) mas esta venda garantirá a sobrevivência da equipe e, mais importante, oferecerá o caminho para o sucesso", disse a então dirigente em comunicado oficial.