Basquete

Vinte e cinco anos após conquista, atletas do Brasil comentam ouro no Pan de 87

Redação

Jogadores da Seleção Brasileira na comemoração do título do Pan de Indianápolis, em 1987

No último dia 23 de agosto, a vitória da Seleção Brasileira de Basquete sobre os Estados Unidos, pelo Pan-Americano de 1987, em Indianápolis, completou 25 anos. O ouro conquistado pelo Brasil marcou a geração de Oscar, Guerrinha, Marcel, Pipoca, Villas Boas e Cadum. Passado um quarto de século, os jogadores da época relembram fatos da partida histórica, que representou a primeira queda dos americanos, em casa, na história da modalidade.


Para Marcel, o temor de sofrer uma derrota vexatória só não era sentido por um integrante da comissão técnica. “A verdade é que eu estava morrendo de medo de tomarmos uma porrada deles, uma derrota de 50 pontos. Todo mundo tinha essa sensação. O único que acreditava na nossa vitória era o José Medalha (assistente-técnico do Brasil na época). Os EUA sempre levavam os melhores jogadores que não eram profissionais. Eles sempre eram os melhores”, disse o ex-jogador.

Já Pipoca, diz que só acreditou no título após conversar com a mãe pelo telefone. “Ganhamos, mas eu não participei da festa de comemoração no vestiário, porque fui chamado para o doping. A minha ficha só começou a cair quando eu liguei para a minha casa muito tempo depois, naquela época não tinha celular, computador, essas coisas. Quando liguei para a minha mãe, estava todo mundo rouco de tanto gritar, uma balbúrdia, buzinaço nas ruas. Eu nem achava que o povo iria ficar vendo o jogo até o fim, ainda mais com os EUA ganhando no primeiro tempo. Outro momento que me fez cair ainda mais a ficha foi na volta. Fizemos escala em Nova Iorque e vimos uma foto do Marcel comemorando na primeira página do New York Times.”, contou o ex-pivô.

Com informações da Liga Nacional de Basquete