A final do Mundial será realizada neste domingo, a partir das 9 horas (de Brasília), novamente em Pequim. Antes, às 5 horas, Austrália e França decidirão o terceiro lugar. Juntamente com Estados Unidos, Irã e Nigéria, além do país-sede Japão, os quatro semifinalistas já garantiram vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
O título não será inédito para a Argentina ou para a Espanha. Os sul-americanos já foram campeões em 1950, quando sediaram a primeira edição do Mundial, em Buenos Aires, e bateram os Estados Unidos. Jogaram também a final em 2002, em Indianápolis, em solo norte-americano, mas caíram para a Iugoslávia. Os europeus têm 100% de aproveitamento em decisões ao derrotarem a Grécia no jogo derradeiro do campeonato de 2006, realizado em Saitama, no Japão.
Sob os olhares de Kobe Bryant e Manu Ginóbili, outro astro da seleção argentina que se aposentou no ano passado, o time sul-americano não deu chances para a França, que vinha embalada por ter eliminado os Estados Unidos nas quartas de final.
Além de sua grande atuação, Luis Scola foi ajudado em quadra por seus companheiros. Gabriel Deck contribuiu com 13 pontos e Facundo Campazzo, com seus passes precisos, fez 12, além de sete rebotes e seis assistências. No lado francês Frank Ntilikina e Evan Fournier combinaram para 32 pontos - 16 de cada um -, mas não conseguiram levar o time à sua primeira final na história.
CLASSIFICAÇÃO EMOCIONANTE - Em duelo épico e decidido apenas na segunda prorrogação, Marc Gasol liderou a Espanha na vitória sobre a Austrália. Além dos 33 pontos, o pivô do Toronto Raptors contribuiu com seis rebotes. O armador Ricky Rubio também foi bem com 19 pontos e 12 assistências. Sergio Llull ajudou muito e terminou com 17 pontos.
No minuto derradeiro do tempo normal, a Austrália vencia por apenas um ponto de vantagem (70 a 69). Patty Mills teve a bola em suas mãos faltando 24 segundos, mas a perdeu, dando a posse para a Espanha. O pivô Andrew Bogut fez falta em Gasol, que bateu dois lances livres e virou para 71 a 70 com oito segundos no relógio. Mills assumiu a responsabilidade, bateu para dentro e sofreu a falta. Acertou um lance e errou o outro, levando o duelo para a prorrogação.
Gasol cresceu no tempo extra. Fez os cinco primeiros pontos da Espanha, mas Mills não deixava a Austrália perder as esperanças de vaga na final. Ambos acertaram lances livres nos últimos segundos e a primeira prorrogação acabou com o empate por 80 a 80. Controlando os cinco minutos finais, os espanhóis contaram com o bom desempenho de Llull, que acertou duas bolas de três pontos para abrir oito de vantagem (90 a 82) e decidir o duelo.
Assim como em toda a competição, Patty Mills foi o cestinha australiano, com 32 pontos e duas assistências.