None

SELEÇÃO BRASILEIRA

Patriotismo, euforia, frustração, tensão, drama, alívio e êxtase: as faces da classificação brasileira

Com muita emoção, Brasil venceu o Chile nos pênaltis, após empate no tempo normal

postado em 28/06/2014 16:08 / atualizado em 28/06/2014 16:46

Rodrigo Fonseca /Superesportes

Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
O hino nacional, finalizado à capela, deu o tom. O Mineirão pintado de amarelo, e, é verdade, com algumas pequenas manchas chilenas de vermelho, concentradas atrás de um dos gols, viveu uma tarde de emoções.

Expectativa. Ao som do samba enredo “explode coração” a bola rolou. Foram 17 minutos de espera, que deu lugar à verdadeira explosão nos corações dos milhares de brasileiros no Mineirão: gol de David Luiz.

Vibração. “Ôôooo, o campeão voltou”, gritou a massa enlouquecida. Não faltou o tradicional e, para alguns, desgastado canto de “eu sou brasileiro com muito orgulho.”

Esfriada. Foram menos de 15 minutos de festa. Aos 31 minutos, Alexis Sanchez pôs fim à euforia ao empatar a partida.

Quase. O primeiro tempo terminou à base do “uhhh”, nas chances desperdiçadas por Neymar e Fred, e em outro erro de saída de bola do Brasil.

Frustração. Hulk marcou para o Brasil, mas o árbitro apontou toque com o braço. Não valeu.

Esperança. A torcida não deixou de apoiar. “Jô, Jô, Jô”, pediram os brasileiros. O atacante do Atlético foi para campo. Fred saiu entre aplausos e vaias.

Apreensão. Julio Cesar salvou o Brasil de maneira espetacular. O Chile tocava a bola. Os minutos passavam. Jô perdeu um gol debaixo da trave.

“Levanta, levanta!”. A própria torcida se convocou para dar combustível ao time. Neymar, de cabeça, quase fez. A vez de Hulk. A vez de Bravo evitar o gol.

Drama. A Seleção Brasileira se perdeu em campo. O Chile manteve a frieza. A mancha chilena no Mineirão fazia sua festa particular. O jogo foi para a prorrogação.

Tensão. Os torcedores vibraram, mas com um misto de preocupação. O Brasil dava chutões. No desespero, perdia chances. No contra-ataque, o Chile ameaçava.

“Eu acredito!”. O lema da campanha do Atlético na Libertadores foi evocado. O torcedor no Mineirão jogou o padrão Fifa para escanteio. Nada de ninguém sentado. Todos terminaram o jogo em pé. O Chile carimbou o travessão do Brasil. Fé inabalável.

Alta tensão. Pênaltis. “Ah, é Julio Cesar”, de um lado. “Dá-lhe, Chile”, do outro. Na marcha dos pênaltis, todas as emoções do mundo: gol do Brasil, defesa/gol de Julio Cesar, Willian para fora, defesa/gol de Julio Cesar, gol do Brasil, gol do Chile, Hulk nos pés de Bravo, gol do Chile, gol do Brasil. Tensão máxima no Mineirão: Jara foi para a bola. Bateu... Na trave. Brasil classificado!!!

Alívio e vaga. O torcedor preparou a festa, sofreu, sofreu muito. Mas explodiu de alegria no final. “Ôôô, o campeão voltou”. Em campo, os jogadores aplaudiram o Mineirão, que pulsava e reconhecia: “É Julio Cesar!!!”, o goleiro questionado antes da Copa. Hoje reverenciado. O último a deixar o gramado.

Tags: copa2014 mineirão brasil chile copa do mundo julio cesar