Apesar do bom início do Japão, a seleção de Costa do Marfim soube dominar o segundo tempo e virar o placar
O jogo em si foi um detalhe (essencial, é claro!) do espetáculo vivido na histórica noite deste sábado, na Arena Pernambuco. Espetáculo que teve a arquibancada como protagonista. Colorida de azul, laranja, amarelo. Eram japoneses, marfinenses e brasileiros marcando o tom de um reduto que superou as fronteiras do estado. Por 90 minutos, os jogadores de Costa do Marfim e Japão trouxeram os olhos do mundo a Pernambuco. A vitória africana por 2 a 1 ficou em segundo plano.
Era o maior espetáculo do planeta de volta a Pernambuco, 64 anos depois. Mais moderno, mais globalizado. De múltiplas línguas, simplificadas em uma só: a do futebol. Harmonia vista dentor e fora do gramado, com integração de nações, bandeiras de diversos países. Dentro de campo, se a maioria era japonesa, os marfinenses eram mais barulhentos. No estádio, um clima único. Inexplicável. Digno da máxima que a Copa do Mundo não se traduz, se sente. E o pernambucano teve esse privilégio sem igual.
De vibrar no gol de Honda, pelo Japão. Com a festa japonesa por ter saído na frente do placar. E com a virada meteórica, em dois minutos, da Costa do Marfim, já no segundo tempo. Gols de Bony e Gervinho. Os Elefantes agora lideram o Grupo C ao lado da Colômbia. Os sul-americanos, inclusive, serão os próximos adversários dos africanos, na próxima quinta-feira, em Brasília. Já o Japão jogará com a Grécia pela sobrevivência no mesmo dia, em Natal. O jogo Costa do Marfim e Japão fizeram um primeiro tempo equilibrado. Os africanos, mais força e disposição. Os japoneses, mais organização tática. Melhor para os orientais que, mais bem postados na defesa e saindo com velocidade nos contra-ataques, abriram o placar aos 16 minutos com Honda. Ao lado de Kagawa, o autor do gol japonês era o principal destaque do time. Todas as jogadas tinham obrigatoriamente que passar pelos pés da dupla.
Japoneses sairam na frente com um golaço de Honda logo no início da partida
Pelo lado marfinense, faltou Didier Drogba no ataque, poupado no primeiro tempo. Após o gol, os africanos saíram para o jogo. Tinham mais posse de bola, rodeavam o gol adversário, mas não conseguiam concluir com perfeição. Mas tudo mudou a partir dos 17 minutos da etapa final. Quando o técnico da seleção marfinense chamou o craque da camisa 11, o estádio vibrou. Parecia prever o que estava para acontecer em poucos minutos.
Na primeira bola que pegou, Drogba deixou um companheiro na cara do gol. A chance foi desperdiçada, mas a jogada mostrou que a presença do atacante em campo faria a diferença. Aos 19, o camisa 11 sequer precisou tocar na bola. O papel dele foi somente chamar a atenção da marcação. Pela direita, Aurier cruzou e Bony, de cabeça, marcou, empatando a partida.
Foi tudo muito rápido. O Japão não fugia ao seu estilo de jogar com a bola no pé, mas os nipônicos parecem ter se assustado com o empate. Ou seria com a presença de Drogba em campo? Dois minutos depois do empate, como que num replay do gol anterior, veio a virada. Cruzamento da direita, mas agora foi Gervinho que tocou de cabeça para o gol. Resultado justíssimo.
Fotos: Costa do Marfim vence o Japão de virada na Arena PE
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Ficha do jogo
Costa do Marfim 2 Barry; Boka (Djakpa), Zokora, Kalou e Tiote; Gervinho, Bony (Ya), Aurier e Yaya Touré; Serey (Drogba) e Bamba. Técnico: Sabri Lamouchi
Japão 1 Kawashima; Uchida, Honda, Nagatomo e Morishige; Okazaki, Kagawa (Kakitani), Yamaguchi e Hasebe (Endo); Osako (Okubo) e Yoshida Técnico: Alberto Zaccheroni
Local: Arena Pernambuco.
Árbitro: Enrique Osses (Chile).
Assistentes: Carlos Astroza (Chile) e Sergio Roman (Chile)
Gols: Honda (aos 16 do 1oT), Bony (aos 19 do 2ºT), Gervinho (aos 21 do 2ºT).
Cartões amarelos: Yoshida (aos 23’ do 1ºT), Bamba (aos 9 do 2ºT), Zokora (aos 13 do 2ºT), Morishige (aos 19 do 2ºT),