HISTÓRICO
Na estreia de Pernambuco na Copa 2014, Costa do Marfim vence o Japão de virada por 2 a 1
Africanos venceram os orientais e largaram na frente no Grupo C
postado em 14/06/2014 23:55 / atualizado em 15/06/2014 01:37
Daniel Leal /Diario de Pernambuco , Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco
Era o maior espetáculo do planeta de volta a Pernambuco, 64 anos depois. Mais moderno, mais globalizado. De múltiplas línguas, simplificadas em uma só: a do futebol. Harmonia vista dentor e fora do gramado, com integração de nações, bandeiras de diversos países. Dentro de campo, se a maioria era japonesa, os marfinenses eram mais barulhentos. No estádio, um clima único. Inexplicável. Digno da máxima que a Copa do Mundo não se traduz, se sente. E o pernambucano teve esse privilégio sem igual.
De vibrar no gol de Honda, pelo Japão. Com a festa japonesa por ter saído na frente do placar. E com a virada meteórica, em dois minutos, da Costa do Marfim, já no segundo tempo. Gols de Bony e Gervinho. Os Elefantes agora lideram o Grupo C ao lado da Colômbia. Os sul-americanos, inclusive, serão os próximos adversários dos africanos, na próxima quinta-feira, em Brasília. Já o Japão jogará com a Grécia pela sobrevivência no mesmo dia, em Natal.
O jogo
Costa do Marfim e Japão fizeram um primeiro tempo equilibrado. Os africanos, mais força e disposição. Os japoneses, mais organização tática. Melhor para os orientais que, mais bem postados na defesa e saindo com velocidade nos contra-ataques, abriram o placar aos 16 minutos com Honda. Ao lado de Kagawa, o autor do gol japonês era o principal destaque do time. Todas as jogadas tinham obrigatoriamente que passar pelos pés da dupla.
Pelo lado marfinense, faltou Didier Drogba no ataque, poupado no primeiro tempo. Após o gol, os africanos saíram para o jogo. Tinham mais posse de bola, rodeavam o gol adversário, mas não conseguiam concluir com perfeição. Mas tudo mudou a partir dos 17 minutos da etapa final. Quando o técnico da seleção marfinense chamou o craque da camisa 11, o estádio vibrou. Parecia prever o que estava para acontecer em poucos minutos.
Na primeira bola que pegou, Drogba deixou um companheiro na cara do gol. A chance foi desperdiçada, mas a jogada mostrou que a presença do atacante em campo faria a diferença. Aos 19, o camisa 11 sequer precisou tocar na bola. O papel dele foi somente chamar a atenção da marcação. Pela direita, Aurier cruzou e Bony, de cabeça, marcou, empatando a partida.
Foi tudo muito rápido. O Japão não fugia ao seu estilo de jogar com a bola no pé, mas os nipônicos parecem ter se assustado com o empate. Ou seria com a presença de Drogba em campo? Dois minutos depois do empate, como que num replay do gol anterior, veio a virada. Cruzamento da direita, mas agora foi Gervinho que tocou de cabeça para o gol. Resultado justíssimo.
Ficha do jogo
Costa do Marfim 2
Barry; Boka (Djakpa), Zokora, Kalou e Tiote; Gervinho, Bony (Ya), Aurier e Yaya Touré; Serey (Drogba) e Bamba.
Técnico: Sabri Lamouchi
Japão 1
Kawashima; Uchida, Honda, Nagatomo e Morishige; Okazaki, Kagawa (Kakitani), Yamaguchi e Hasebe (Endo); Osako (Okubo) e Yoshida
Técnico: Alberto Zaccheroni
Local: Arena Pernambuco.
Árbitro: Enrique Osses (Chile).
Assistentes: Carlos Astroza (Chile) e Sergio Roman (Chile)
Gols: Honda (aos 16 do 1oT), Bony (aos 19 do 2ºT), Gervinho (aos 21 do 2ºT).
Cartões amarelos: Yoshida (aos 23’ do 1ºT), Bamba (aos 9 do 2ºT), Zokora (aos 13 do 2ºT), Morishige (aos 19 do 2ºT),
Público: 40.267
Renda: não divulgada.