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SELEÇÃO BRASILEIRA

Climão de primeiro encontro em jogo da Seleção Olímpica no Mané Garrincha

Com 10 mil pessoas na arquibancada, a equipe comandada por Alexandre Gallo se apresenta ao brasiliense com vitória tranquila sobre os Estados Unidos

Carlos Silva/CB/D.A Press

Apesar de vestidos com a tradicional amarelinha, os 11 jogadores perfilados para o Hino Nacional, ontem à noite, no Mané Garrincha, eram bem diferentes daqueles que perderam o terceiro lugar da Copa do Mundo para a Holanda, em julho, no mesmo estádio. Nada de hino a capela e pouca tietagem para cima dos atletas. Fabinho, Andrey, Matheus Biteco. Muita gente era novidade para os torcedores. Num clima meio esquisito, com apenas 10 mil pessoas nas arquibancadas, a Seleção Olímpica do Brasil venceu os também garotos dos Estados Unidos por 3 x 0, no primeiro teste da cidade para sediar partidas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Uma hora antes do jogo de exibição, marcado para as 19h, o silêncio no Mane Garrincha era sepulcral. Pouquíssimos brasilienses ocupavam a arquibancada inferior, a única aberta ontem, quando a bola rolou. Se alguém estivesse insatisfeito com algum jogador, essa foi a oportunidade para mandar o recado: era possível ouvir gritos do outro lado do estádio.

A maioria conseguiu entrar durante o primeiro tempo. Muitos não viram o gol de Luan, aos dois minutos de jogo, ao aproveitar um desengonçado domínio com os pés do goleiro Cody Cropper. A partir daí, quem parecia prestes a brilhar era Anderson Talisca. O meia fazia o que queria na área norte-americana. O cheiro de goleada estava no ar.

Mas algo aconteceu. Quanto mais os torcedores entravam, mais caía o nível do futebol. O que mais se ouvia era o barulho dos chutes na bola. Só mesmo Jordan Morris para acabar com o torpor do primeiro tempo, quando, aos 38 minutos, perdeu uma das chances mais claras de empatar, quase debaixo do travessão.

O Brasil voltou para o segundo tempo disposto a acabar com a apatia. A Seleção retornou com três substituições. Os Estados Unidos, logo aos seis minutos, assustaram. Mais uma vez, porém, os torcedores de Brasília esconderam os rostos com as mãos, como se sentissem vergonha alheia pela furada de Mario Rodriguez.

Alguns gols perdidos depois, pelas duas equipes, Alexandre Gallo fez mais três alterações. Com sangue novo, a Seleção finalmente mexeu no placar. Primeiro, Douglas Coutinho, de cabeça, fez 2 x 0, aos 29 minutos. O Brasil precisou de mais sete para fazer o terceiro, com um chute colocado de Vinícius, e selar a goleada que parecia óbvio no começo da partida.