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BOLA MUNDI

Para ser mais imortal que nunca!

O Grêmio não cometerá nenhuma 'heresia' se abrir mão de algumas de suas características

postado em 14/12/2017 09:07 / atualizado em 14/12/2017 09:11

AFP / GIUSEPPE CACACE

A recente hegemonia europeia no Mundial de Clubes é inegável. Das 12 edições do torneio no atual formato (desde 2005), os clubes do continente ganharam nove, sendo que em três (2010, 2013 e 2016) os sul-americanos nem foram à final – péssima lembrança para as torcidas de Internacional e Atlético, surpreendidos por Mazembe (CON) e Raja Casablanca (MAR), respectivamente. As “exceções” foram as taças de São Paulo (2005), Inter (2006) e Corinthians (2012). É seguindo esses exemplos que o Grêmio pode desbancar o Real Madrid na final de sábado.

Nas três conquistas, os brasucas tinham times tecnicamente inferiores a seus adversários (Liverpool, Barcelona e Chelsea, respectivamente), mas se apoiaram no jogo coletivo, na solidez defensiva e nos contra-ataques para vencer pelo placar mínimo, mesmo com menor posse de bola e criando menos situações de gols. Assim, o Grêmio não cometerá nenhuma ‘heresia’ se abrir mão de algumas de suas características.

É fato que o Real ainda não embalou na temporada: com 18 vitórias, seis empates e três derrotas, foi 2º na fase de grupos da Liga dos Campeões e está em 4º no Espanhol. Além disso, tem jogadores como Sergio Ramos e Bale fora das melhores condições. Mesmo assim, é favorito. E o maior trunfo é contar com Cristiano Ronaldo. Ontem, ele se tornou o artilheiro do torneio no formato atual (seis gols) e será o primeiro a disputar quatro finais, podendo ser tetracampeão.

Após jogar abaixo do esperado diante do Pachuca, o Grêmio terá que se “reinventar”: conter o ímpeto dos laterais (que sofrerão com Marcelo e CR7) e usar Jaílson, Michel e Ramiro para tentar neutralizar Modric e Isco. A partir daí, é confiar na excelente fase de Marcelo Grohe e Geromel, contar com a velocidade de Fernandinho e o brilho de Luan. Se nada disso estiver dando certo, restaria a estrela de Éverton ou a opção por Jael (“Gabiru tricolor”?).

Alguns dizem que o Real está preocupado mesmo é com o duelo com o Barcelona, dia 23. Um ou outro jogador pode até aliviar numa dividida, mas o Grêmio não tem nada a ver com isso. A torcida tricolor acredita. O feito só tornaria o clube ainda mais imortal...

Quase o impossível

O Real Madrid sofreu mais do que o esperado para eliminar o Al Jazira nas semifinais do Mundial. E muito em função da atuação do goleiro Ali Khaseif, de 30 anos. Longe do porte físico ‘tradicional’ da posição (1,82m e 85kg), ele fez defesas ‘milagrosas’ em lances de Cristiano Ronaldo, Modric e Benzema. Uma lesão na coxa forçou sua substituição no início da segunda etapa. Coincidentemente, pouco depois, o time levou o gol de CR7. Não foi a primeira vez que Ali Khaseif apareceu bem. Nas Olimpíadas de Londres’2012, ele já havia se destacado, mesmo com seu país sendo eliminado na primeira fase do torneio após derrotas para Uruguai (2 a 1), Grã-Bretanha (3 a 1) e empate com Senegal (1 a 1).

Top 100 fora da Copa

Doze brasucas estão entre os 100 melhores do mundo de 2017 no tradicional ranking divulgado ontem pela revista inglesa FourFourTwo. Além de Neymar, 3º, atrás apenas de Cristiano Ronaldo e Messi, aparecem Marcelo (30º), Casemiro (33º), Gabriel Jesus (36º), Philippe Coutinho (40º), Éderson (59º), Daniel Alves (63º), Alex Sandro (72º), Fernandinho (73º), Thiago Silva (76º), Filipe Luís (85º) e Roberto Firmino (96º). Curiosamente, ao menos um deles deve ficar fora da Copa’2018: Alex Sandro ou Filipe Luís, que disputam a reserva de Marcelo na lateral esquerda. Com 15 jogadores, a Espanha foi a que mais teve indicados entre os 28 países representados na lista.

Com a força do vovô

Poucos duvidam de que o título francês do PSG é questão de tempo. A luta é pelo posto de vice-campeão, entre Monaco, Lyon e Olympique, todos com 35 pontos (nove atrás do líder). Neste cenário, um pequeno tem se destacado: o Montpellier (7º, com 23), dono da melhor defesa: 10 gols sofridos. Um dos responsáveis é o zagueiro brasileiro Hilton, de 40 anos. Nas primeiras cinco rodadas, o time venceu uma, empatou outra e perdeu três, levando cinco gols. Depois, em 12 partidas, só teve a meta vazada cinco vezes. E fez bonito contra os grandes: 0 a 0 diante de PSG e Lyon e 1 a 1 com Monaco e Olympique. A intenção é seguir surpreendendo pra beliscar vaga nas competições europeias.

DE OLHO
Alexander Isak
Atacante sueco esguio, grandalhão, com habilidade, visão de jogo e estilo elegante. Ibrahimovic? Não. Alexander Isak, de 18 anos, 1,90m e 70kg. Nascido em família que emigrou da Eritreia, começou na base do AIK aos 6 anos.  Precoce, estreou com gol no time de cima em 2016, aos 16 anos e cinco meses. Vice-campeão sueco (10 gols), foi vendido ao Borussia Dortmund em janeiro deste ano por nove milhões de euros. No mesmo mês, debutou na Seleção Sueca (17 anos e quatro meses) nos 6 a 0 sobre a Eslováquia, tornando-se o mais jovem a balançar as redes pelo país. Com imenso potencial, ainda busca mais espaço no Borussia, diante da forte concorrência interna (Aubameyang, Yarmolenko e Maximilian Philipp).

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