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BOLA MUNDI

Hora de mostrar a que veio, Neymar!

Se Neymar tiver outra grande atuação (esquecendo provocações e 'brincadeiras' com adversários), estará mesmo cada vez mais perto de ganhar sua Bola de Ouro

postado em 08/02/2018 08:26 / atualizado em 08/02/2018 08:29

AFP

Os principais campeonatos europeus ainda terão rodadas cheias no fim de semana, mas não há como negar: o foco do planeta bola está na abertura das oitavas de final da Liga dos Campeões, em especial no duelo Real Madrid x Paris Saint-Germain, quarta-feira, em Madri, que pode marcar o início de uma nova era tanto para os clubes como para suas maiores estrelas, Neymar e Cristiano Ronaldo.

De um lado, um PSG em alta, no embalo de Neymar, Cavani, Mbappé e Di María. O brasuca, que acaba de quebrar a marca dos 350 gols na carreira, assumiu o protagonismo na equipe francesa. Do outro lado, um Real em baixa e com Cristiano Ronaldo sob questionamento até mesmo interno, após não esconder insatisfação ao ser substituído por Asensio no 2 a 2 com o modesto Levante, pelo Espanhol. Nem o fato de ter recebido aumento salarial para se igualar a Neymar parece ter acalmado o gajo...

Como se não fosse o bastante, o Real não poderá contar com Carvajal (supenso por ter forçado o amarelo contra o Apoel, na penúltima rodada da fase de grupos). Reserva, o marroquino Hakimi, de 19 anos, é ‘meio verde’ (apenas 13 jogos na temporada) para bater de frente com Neymar, o que pode fazer o também questionado Zidane (quem diria!?!) optar pela improvisação de Varane. Quem entrar, vai sofrer...

Por todos estes fatores, a classificação do PSG pode ser dada como certa? Para o alemão Jupp Heynches, hoje técnico do Bayern de Munique, mas que já levantou a Champions com a equipe espanhola, não. Ele aponta o Real, atual campeão, como favorito no confronto: “possuem mais experiência”. O “mestre”, como é chamado na Alemanha, que me perdoe, mas discordo. O favoritismo no duelo é do time francês, que também conta com um grupo ‘tarimbado’. Tanto que pregam respeito total a CR7 e cia.

O fato é que o confronto só deve ser decidido mesmo em março, no duelo de volta. Mas, se Neymar tiver outra grande atuação (esquecendo provocações e ‘brincadeiras’ com adversários), estará mesmo cada vez mais perto de ganhar sua Bola de Ouro, como ‘previu’ esta semana Ronaldo Fenômeno. Aproveitemos o show! E que vença o melhor!

Bendita expulsão
Titular da Seleção, em grande fase na Roma, e cogitado no Real Madrid, o goleiro Alisson foi chamado de “Messi dos goleiros” pelo ex-preparador da equipe italiana, Roberto Negrisolo, que o vê no nível do italiano Dino Zoff e do belga Preud-Homme. Mas, não fosse uma expulsão, a história podia ser diferente. Em outubro de 2014, Alisson era o terceiro goleiro no Inter, atrás de seu irmão, Muriel (hoje no Belenenses, de Portugal), e de Dida. O cartão vermelho levado pelo veterano na goleada de 5 a 0 para a Chapecoense abriu o caminho para Alisson...

POLITICAMENTE INCORRETO
Técnico do Tottenham, o ex-zagueiro argentino Mauricio Pochettino gerou polêmica ao dizer que ‘enganar árbitros faz parte’. Ele defende que simular faltas é uma infração pequena e que o futebol deve mesclar talento e ‘perspicácia’: “Trinta nos atrás, parabenizávamos os jogadores quando enganavam os árbitros”. Só esqueceu que o mundo (não só o do futebol) evoluiu nestas três décadas. Claro que não foram poucas as críticas ao comandante na Terra da Rainha.

MELHOR ABRIR O OLHO
Mesmo tendo renovado contrato com o Barcelona até 2021, Messi segue ‘na mira’ de vários (endinheirados) clubes. O último a sondá-lo foi o Hebei Fortune, da China, mas o argentino teria recusado proposta salarial de 100 milhões de euros livres (cerca de R$ 404 milhões) por temporada. Os chineses, que já contam com Mascherano e Lavezzi no elenco, prometem não sossegar. Mas é bom lembrar que a multa rescisória de Messi é de 700 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões)!

DESAFIO PRO CAPITÃO
Anunciado como técnico da Seleção Holandesa até 2022, o ex-zagueiro Ronald Koeman, de 54 anos, terá o desafio de recolocar a Laranja nos eixos após os fracassos nas Eliminatórias para a Euro’2016 e o Mundial’2018. Se teve sucesso ao dirigir equipes locais como Vitesse, Ajax, PSV e Feyenoord, Koeman fracassou recentemente no Liverpool. A aposta parece ser mais no seu ‘histórico’ como jogador: capitão da geração campeã europeia em 1988, ele também disputou as Copas de 90 e 94. Logo de cara, terá paradas duras: amistosos contra Inglaterra e Portugal, em março.