Paciência na busca pela vitória

No último domingo, o nosso centroavante resolveu a partida marcando dois gols e tornando-se novamente a referência do nosso ataque. O Ábila virou o rei, capa de jornal, fotos maravilhosas mostrando em detalhes o tanto que ele se entrega fisicamente nas partidas. Ele não é daqueles jogadores que, ao sair de uma partida, está com o uniforme impecável. Ele luta, tromba com os adversários, segura a bola esperando um companheiro chegar mais próximo. Imagino que jogar contra ele deva ser muito difícil. Se é um bom marcador, eu não sei. Se atende a todas as instruções táticas do Mano, não consigo perceber. Só sei que ele é um monstro na área. Nada de muita qualidade no toque de bola. Mas não queremos um lord dentro da área. Queremos gols, e isto ele sabe fazer.

Não consigo vê-lo fazendo jogadas de beleza plástica, daquelas que são repetidas, quase que em loop, nos programas de esporte. Detesto jogadores que se parecem com malabaristas de circo. Muita firula e pouco futebol. Se quiser pedalar, vá comprar uma bicicleta. O que precisamos é de gols.

Esta vitória contra mais um Atlético acabou dando um bom problema para o Mano. Sua insistência em deixar o Ábila na reserva como opção tática agora terá que mudar. Compreendo perfeitamente a angústia da maioria dos nossos torcedores. Gostamos do nosso time no ataque e jogando bonito, mas precisamos entender que a atual situação necessita de um jeito diferente. Jogamos contra o São Paulo mais defensivos e, provavelmente, contra o Corinthians será assim. Não fomos acostumados assim, mas o que importa agora é somar pontos preciosos que poderão fazer a diferença no final do ano.

Prefiro ganhar de 1 a 0 jogando feio do que chegar em outubro e começar o desespero de ficar na parte de baixo da tabela. Mais um ano de sofrimento e vou definitivamente falar somente do nosso maravilhoso time de vôlei.

Fiquei muito chateado com a notícia que o Dedé ficará novamente fora do time por algumas semanas. Às vezes, acho que nós torcedores não ficamos sabendo a verdade dos fatos. Impressionante o que ele tem passado nos últimos anos. Parece história de filme, tipo A hora do pesadelo. Uma sequência infeliz que parece não ter fim. Ele chegou ao Cruzeiro com status de titular da Seleção Brasileira e não consegue engatar uma sequência boa de jogos. Às vezes fico imaginando uma matéria onde ele, com seu belo sorriso, falará da fase de contusões como um fato do passado. Que ele se recupere rápido e consiga voltar à nossa zaga.

Então, meus amigos, é melhor nos acostumarmos a ter paciência e jogar mais na defensiva do que colecionar derrotas. Assim como a nossa torcida hoje é mais apaixonada, ter mais paciência durante os jogos só fará bem à nossa posição na tabela.