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COLUNA DO JAECI

Alemanha, Argentina e Brasil são os favoritos

"Torço para uma final entre Brasil e Argentina. Muitos me perguntariam: quem seria a favorita? Isso eu não posso dizer, mas que eu temeria a Argentina, ah, isso eu temeria"

postado em 26/11/2017 12:00 / atualizado em 26/11/2017 12:02

Lucas Figueiredo/CBF
Estamos a cinco dias do sorteio dos grupos para o Mundial da Rússia 2018, com todas as seleções participantes conhecidas. Os favoritos são Alemanha, Brasil e Argentina. Correm por fora França, Espanha, Bélgica, Portugal e Inglaterra. Não ocorrerá nada diferente disso, se bem que eu aposto na final repetida de 2014, quando Alemanha e Argentina decidiram a taça no Maracanã. Os argentinos estão mal das pernas, com uma defesa horrível, mas com um time fantástico do meio para a frente. Messi, Higuaín, Agüero, Di María, Dybala, só para citar os melhores. Mas isso não garantiu uma Eliminatória confortável aos hermanos, que só asseguraram vaga na última rodada, com atuação de gala de Lionel Messi. Porém, Copa do Mundo é outra história. Vejam que citei acima oito equipes em condições de levantar o troféu, mas só acredito em quatro: Alemanha, Argentina, Brasil e França. O resto, ou seja, as outras 24 equipes, vai figurar na competição, sem deixar a menor saudade. Foi isso o que vimos ao longo das 20 edições. Brasil com cinco títulos, Alemanha quatro, Itália quatro, Uruguai dois, Argentina dois, Espanha um, França um e Inglaterra um. O Brasil sob o comando de Tite ficou ainda mais favorito e tem chances de chegar ao hexa, levando-se em conta que se pegar um caminho teoricamente fácil, terá adversários de peso somente nas quartas de final, semifinal e na decisão, é claro. A Copa do Mundo, que muitos apontam como difícil de vencer, na minha visão é uma competição com poucas seleções de peso e nível. Torço para uma final entre Brasil e Argentina, coisa que jamais ocorreu. Se o caminho delas for do lado oposto, é possível que aconteça. Seria o máximo para o futebol mundial. Muitos me perguntariam: quem seria a favorita?. Isso eu não posso dizer, mas que eu temeria a Argentina, ah, isso eu temeria. Com o ataque citado acima, se Messi estiver inspirado não vejo como parar os hermanos.

Libertadores


Sou de uma época em que os clubes entravam no Brasileirão para ganhá-lo e nem se importavam com a Copa Libertadores. Os brasileiros, literalmente, andavam para a competição sul-americana. De uns tempos para cá, a competição ganhou grande importância, a ponto de os técnicos, de forma equivocada, pensarem primeiro em vaga na Libertadores e depois em ganhar o título do Brasil. Coisa estranha. Os valores no futebol brasileiro, assim como em toda a sociedade, estão invertidos. Entrar numa competição apenas para ganhar vaga em outra é um erro dos técnicos incompetentes e incapazes. Você deve lutar pela taça. Se não der, aí, sim, busca a segunda alternativa, que seria a vaga na Libertadores. Por isso o Brasileirão tem um nível tão ruim, com jogos sofríveis, técnicos enganadores e jogadores que não sabem dominar uma bola sem deixá-la bater na canela. E outra vergonha é o fato de que poderemos ter nove times brasileiros na edição de 2018 do torneio. Isso é lamentável. A Libertadores deveria reunir o campeão e vice de cada país, como ocorria no passado. Era uma competição qualificada, e não quantificada. Quanto mais equipes houver para agradar às confederações, mais o nível técnico será ruim. Isso é fato.

Ano sombrio


2018 será um ano terrível para os clubes brasileiros. As competições serão espremidas por causa da Copa do Mundo, com jogos pouco atraentes. Os clubes, de pires na mão, vão passar apertado para montar times decentes e conseguir arcar com as despesas, principalmente folha salarial. É inadmissível uma equipe do futebol brasileiro ter uma folha de R$ 13 milhões mensais só com atletas e comissão técnica. Isso é uma falta de senso, de respeito ao cidadão brasileiro, que vive, em sua maioria, com míseros R$ 937 por mês, esse salário mínimo de vergonha, num país onde deputados, senadores e corruptos ganham verdadeiras fortunas. Fosse eu o presidente de um clube e investiria somente numa competição, trabalhando para ganhá-la de verdade. E como o Brasileirão é a competição mais importante, montaria um time para vencê-lo. Vale lembrar que desde que o campeonato passou a ser por pontos corridos, em 2003, os títulos foram divididos entre Rio e São Paulo. O único intruso foi o Cruzeiro, que faturou o caneco três vezes, justamente em 2003, 2013 e 2014. E se continuar do jeito que está, cariocas e paulistas vão continuar dominando por muitas temporadas.

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