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COLUNA DO JAECI

Cruzeiro, América e Tupi nas semifinais. Só falta o Galo

Já que não querem acabar com os estaduais, os dirigentes deveriam pensar em fórmulas de disputa mais inteligentes e consistentes. Do jeito que está, não pode continuar

postado em 18/03/2018 12:00

Bruno Cantini/Atlético
Cruzeiro, Tupi e América avançaram às semifinais do Mineiro. O Cruzeiro derrotou a Patrocinense por 2 a 0, com dois gols do garoto Raniel, que não deve ganhar “um décimo do salário de Fred”, contratado a peso de ouro, com um gol na temporada. O Tupi classificou-se nos pênaltis, ao bater o Tombense por 4 a 2, depois de 0 a 0 no tempo normal. O Coelho derrotou o Boa por 1 a 0, gol de Rafael Moura, e também está nas semifinais. Hoje, o Atlético fecha a rodada, enfrentando a URT, para definir o último semifinalista do Mineiro. Não teria sido melhor classificar apenas quatro e iniciar logo essa penúltima fase? Sei que os clubes do interior votaram por essa fórmula, mas é preciso repensar essa competição. Não fosse o torcedor do Cruzeiro, empolgado com o time que montou para a Libertadores, a média de público seria ruim. Já que não querem acabar com os estaduais, os dirigentes deveriam repensar fórmulas de disputa mais inteligente e consistentes. Do jeito que está, não pode continuar. Há quanto tempo um clube do interior não revela um grande jogador, como acontecia no passado? Não têm estrutura para tal, pois não há dinheiro para formar grandes times ou mesmo para investir nas divisões de base. A maioria forma “times de aluguel”, participa da competição e se dissolve, tão logo o Mineiro acaba. Vejo uma badalação imensa com os Campeonatos Carioca e Paulista, mas ambos são deficitários e tecnicamente ruins também. Assim como o Gaúcho, Pernambucano, Baiano e por aí afora. Não é possível os clubes perderem três meses do ano, jogando competições retrógradas, ultrapassadas e sem apelo técnico e financeiro. Algo precisa ser feito para corrigir essas distorções. Os tempos mudaram e, no futebol, infelizmente, para pior.

“Extraterrestre”


Messi não é desse planeta, é um “extraterrestre”. E é mesmo. O cara joga demais, e ainda tem gente querendo dizer que Neymar está acima dele e de Cristiano Ronaldo. O brasileiro gosta de enganar a si próprio. Neymar pode até chegar lá, mas ainda está muito distante dos dois. Se crescer como atleta, tiver uma conduta esportiva dentro de campo e jogar mais do que tem jogado, poderá chegar. Caso contrário, ficará como eterna promessa. Que ele é craque, não tenho dúvidas. É o nosso melhor jogador, porém, não me iludo e não gosto de queimar etapas. Se tiver de acontecer, será de forma natural. Confesso que vi Maradona em campo e o achava o melhor jogador argentino de todos os tempos. Não vi Di Stéfano, de quem falam maravilhas. Porém, pelo que tenho visto da carreira de Messi, ele é, simplesmente, genial. E que me perdoe Maradona, mas Messi é mais completo que você. Falta-lhe o título mundial pela Argentina, mas se isso não acontecer na Rússia, não será nenhum demérito para esse craque, que, a cada partida, nos faz perceber que o verdadeiro futebol não morreu. Obrigado, Messi. Suas jogadas e gols geniais mostram que o futebol continua valendo a pena. E você tem sido um exemplo para os jovens que têm em você um ídolo. Nunca o vimos em baladas, farras, bebedeiras ou mesmo xingando em campo ou provocando os adversários. Você é um gentleman e, por isso, esse sucesso todo.

Moscou e Berlim

Sigo hoje para Moscou e Berlim, para a cobertura dos amistosos da Seleção Brasileira contra a Rússia, sexta-feira, no Estádio Luzhniki – da abertura e da final da Copa do Mundo –, e Alemanha, dia 27, no Estádio Olímpico de Berlim. Vocês poderão acompanhar a cobertura aqui no Estado de Minas, blogs.uai.com.br/alterosanoataque, na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, maior audiência do rádio brasileiro, e no meu canal do Youtube. O casaco para enfrentar o frio e a neve já está preparado. Na última vez em que estive em Moscou, em 2006, peguei temperatura de 20 graus abaixo de zero. Não é fácil.

Lacuna

A morte, prematura, de Bebeto de Freitas, deixa uma lacuna no esporte mundial e, principalmente, no Atlético. Não acredito que o presidente Sérgio Sette Câmara vá encontrar alguém a altura de Bebeto para ocupar o cargo deixado por ele. Bebeto foi um dos grandes nomes do esporte mundial, quem mais difundiu o vôlei no Brasil e no futebol deu aula de transparência, competência e qualidade. Um cara ímpar, difícil de se encontrar nos dias de hoje. Lutou contra os desmandos, sempre mostrando o lado bom do esporte. Que descanse em paz. Toda homenagem a ele será pequena, pelo tamanho da obra e legado que deixou. Que seus familiares recebam o conforto de Deus.

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