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COLUNA DO JAECI

Cruzeiro é garfado e Boca faz 2 a 0

Um dos maiores absurdos que já vi. Um erro crasso do árbitro que pode custar a classificação do Cruzeiro. Uma vergonha!

postado em 20/09/2018 11:57 / atualizado em 20/09/2018 12:03

AFP / EITAN ABRAMOVICH
O Cruzeiro foi garfado na Argentina e acabou derrotado pelo Boca Juniors por 2 a 0, gols de Zárate e Pérez, numa das maiores vergonhas que eu vi no futebol. O jogo transcorria normalmente até que em um cruzamento para a área Dedé (foto) subiu para cabecear e trombou com o goleiro Andrada. O goleiro foi ao solo, sua boca sangrou bastante e o árbitro paraguaio Éber Aquino foi avisado pelo árbitro de vídeo (VAR) de que teria ocorrido alguma coisa anormal na jogada. Ele foi ao monitor, viu e reviu o lance e expulsou Dedé de forma equivocada e vergonhosa. Essa expulsão custou ao Cruzeiro o segundo gol do time argentino e agora a situação ficou complicada para o jogo de volta, dia 4, no Mineirão. São essas atitudes que nos desanimam no futebol sul-americano. Um absurdo, um verdadeiro roubo.

Foi um primeiro tempo de poucas oportunidades. Um Boca sem imaginação e um Cruzeiro conformado com o 0 a 0, pensando no jogo de volta, no Mineirão. Os goleiros pouco trabalharam. Para não dizer que o time mineiro não deu um susto, ele o fez no primeiro minuto, quando, em cobrança de escanteio, Thiago Neves cabeceou rente à trave. Depois disso, nada. Barcos mais parecia um poste. A bola não chegava de jeito nenhum. Thiago Neves mantinha a tradição de não criar nenhuma jogada. Era nítida a falta que De Arrascaeta fazia ao time. Já o Boca trabalhava bem a bola, mas faltava o toque final. Dedé, soberano pelo alto, era uma grande segurança, e Fábio não tinha nenhum trabalho. Porém, numa jogada pela direita, a bola foi recuada para Pérez na entrada da área. Ele viu a penetração de Zárate e fez o toque perfeito, matando a zaga azul. Fábio ainda saiu, tentando interceptar a jogada, Mas Zárate foi rápido e deu um leve toque, tirando do goleiro: Boca 1 a 0. Achei o técnico Mano Menezes muito sereno e pouco participativo ontem. Inteligente, não deixou seu time sair pra cima, tentando o empate, pois o risco de sofrer mais um gol seria grande – e valia a pena lembrar que ainda teremos mais 90 minutos no jogo de volta, dia 4, no Mineirão.

Outro Cruzeiro

No segundo tempo, em três minutos o Cruzeiro teve duas chances de ouro para empatar. A primeira, com Thiago Neves, que, sozinho, diante do goleiro, cabeceou mal e para fora. A segunda numa bola pela direita, que foi tocada por Rafinha, ia entrando, mas o zagueiro do time argentino tirou em cima da linha. Em pouco tempo, o time mineiro fez mais do que em todo o primeiro tempo. Aí eu pergunto a Mano Menezes: por que não entrou com essa determinação desde o começo da partida? Não teria sido melhor tentar fazer um gol e levar uma grande vantagem para o Mineirão? Fosse o técnico cruzeirense o alemão Klopp, do Liverpool, com certeza faria isso. Porém, não é ele, e sim Mano Menezes, mais um técnico brasileiro com os defeitos de sempre e uma enorme preocupação defensiva.

O Boca se defendia, fingia-se de morto e esperava a hora de dar o bote. O contra-ataque era sua arma predileta.

E num chute de fora da área Zárate acertou a trave do Cruzeiro. Naquele momento, o time mineiro era mais presente em campo. Porém, o pior estava por vir. Dedé subiu para cabecear e trombou com o goleiro argentino Andrada, que teve um problema na boca e sangrou bastante. O árbitro de vídeo alertou o juiz e ele foi consultar o VAR. Ao analisar as imagens, o árbitro paraguaio Éber Aquino expulsou Dedé. Um dos maiores absurdos que já vi. Dedé subiu de olhos fechados e em nenhum momento teve qualquer intenção de agredir o adversário. Um erro crasso do árbitro que pode custar a classificação do Cruzeiro. Uma vergonha!

E a expulsão de Dedé custou caro. Num cruzamento na área, a bola sobrou para Pérez, que fuzilou sem a menor chance de defesa para Fábio. Boca 2 a 0, numa grande vergonha para o futebol da América do Sul, que está na lama por causa dessas arbitragens vergonhosas.

Show de debate

Os Diários Associados, por meio da TV Alterosa, deram um show no debate de terça-feira. Cenário espetacular, 360 graus, e uma competência ímpar do apresentador Benny Cohen. Dos debates a que assisti – e vi todos – foi o melhor. Os candidatos frente a frente, perguntando e respondendo às questões pertinentes ao nosso Estado. Parabéns a todos os envolvidos e ao diretor-executivo, Geraldo Teixeira da Costa, e a nosso diretor-presidente, Álvaro Teixeira da Costa. Continuamos uma potência em Minas Gerais, e isso me deixa muito orgulhoso, pois tenho uma vida e uma história dedicadas a essa casa. Tudo o que tenho devo ao Estado de Minas e aos Diários Associados. E, pra finalizar, o debate arrebentou a concorrência. Nossa audiência foi lá em cima. Jornalismo sério e comprometido com a verdade é isso. Parabéns a todos os envolvidos.

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